WEC: campeões de 2016 correm risco

porsche-normal
Campeão do Mundial de Endurance na classe LMP1, Marc Lieb pode não voltar para defender o título. O alemão e Romain Dumas correm sérios riscos dentro do programa de Esporte-Protótipos da Porsche em 2017

RIO DE JANEIRO – Poucos dias depois da conquista do Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC) e a Porsche já acena com possíveis mudanças na sua formação de pilotos para 2017. Uma delas é certa: Nick Tandy já foi o indicado para substituir Mark Webber, que se aposentou ao fim da temporada. Mas outros nomes da casa de Weissach correm risco.

A imprensa europeia garante que o alemão Marc Lieb não volta para defender o título na classe LMP1. Piloto de fábrica desde 2003, ele pode voltar às provas de Grã-Turismo. No Bahrein, com toda a razão, ele se recusou a comentar tal situação. Afinal, o foco era a última etapa e a disputa pelo título.

Ele não é o único hoje preocupado: Romain Dumas também pode dar adeus ao seu lugar no programa de Esporte-Protótipos e acabar a bordo do novo 911 GTE, seja no próprio WEC ou no IMSA Weather Tech SportsCar Championship. O experiente francês poderia ser substituído por Earl Bamber, que junto a Tandy e Nico Hülkenberg venceu as 24h de Le Mans do ano passado.

Outros colegas do exterior garantem também que pelo menos um piloto órfão com a saída da Audi do WEC não ficará desempregado de todo. Andre Lotterer tem chances enormes de ser anunciado como um dos novos pilotos Porsche para a próxima temporada. Em contrapartida, Timo Bernhard, Brendon Hartley e Neel Jani estão mais do que garantidos.

A resposta? Saberemos no próximo dia 3, quando os alemães anunciam seu line up de pilotos oficiais para 2017 na chamada “Noite dos Campeões” da Porsche.

Comentários

      • No último Paddock GP o Lucas enviou um vídeo no qual ele disse que teve propostas para LMP1 e que tem chances dele fazer Le Mans ano que vem em um terceiro carro. Eu apostaria em Porsche por conta das relações com a VAG, mas como ele já disse que o contrato com a Audi não o impede de correr por outras montadoras, em tese nada impediria que fosse uma chance na Toyota.

      • Mas o papo não era um acordo da Porsche e Toyota rodar com terceiro carro até Nurburgring? Ouvi isso na Radio Le Mans.

      • Só se a Porsche for convencida pelo ACO, Filipe. Porque até prova em contrário esse segundo carro está fora de cogitação.

        Mas seria bom para o WEC ter pelo menos sete carros na perna europeia. Depois, por conta da questão de cu$to$, a gente compreenderia o plantel da LMP1 cair para cinco carros.

        Ou sete, né? Vai que a Joest se arruma. Tomara que arrume…

      • Sem dúvida, seria muito importante. Eu acho que essa questão ainda está em aberto porque Porsche e Toyota conseguiram uma vitória importante no sentido de congelar o regulamento técnico. Quem sabe três carros nas duas equipes ano que vem não tenha sido a contrapartida?

        Tava lendo sobre a situação da Joest na imprensa alemã. Nada boa: eles têm em mãos o projeto do carro da Audi para 2017, mas os contratos foram encerrados, não há suporte técnico e, além de investimento pesado, eles precisam arrumar um motor pra tirar o sonho da prancheta. Bem difícil, pelo que eu vi, e não me admiraria se a Audi entrasse em campo para segurar a coisa toda porque esse carro poderia correr risco de andar mal por causa do processo de desenvolvimento tão avacalhado, e eles certamente não estão interessados na má publicidade.

        Pelo menos, o Lotterer deve garantir acento pro ano que vem. Seria um crime esse cara longe de Le Mans.

        Na real, acho que se a Joest quiser mesmo ficar, eles deviam negociar o uso dos carros de 2016. A ByKolles eles batem, com certeza. Ainda que o drama fosse a motorização…

      • Sim, Filipe. Vendo pela questão técnica, nada impediria – a priori – que a Porsche até colocasse um carro de 2016 para incrementar o grid. Mas não sei se os alemães querem isso ou se existe uma forçada violenta de barra do ACO e da FIA para que Le Mans não perca seu interesse. Com seis/sete carros, a LMP1 teria o pior plantel de sua história na prova desde muito tempo. Acho que a transição do regulamento para os construtores não-oficiais, para os independentes feito Rebellion e ByKolles, me pareceu malfeita.

        Se realmente a francesada quisesse fazer as coisas de forma correta, o regulamento para 2017 já deveria ter sido desenhado há uns dois, três anos, o que daria tempo de sobra aos times para se preparar. Isto foi fundamental para que a Strakka caísse fora e a Rebellion decidisse deixar o seu papel de mera coadjuvante na classe principal ao de possível protagonista na LMP2.

  • Massa!, Massa!, Massa!, ele se daria muito bem nessa corridas de longa duração, pois ele bem consistente e se adaptaria muito fácil aos carros, seria importante o WEC ter um nome do “mesmo calibre” de Webber.

    Não gostaria de ver o Massa na F-E, isso é categoria para novatos ou “medium level”,

    Uma título de F-E para Rio Haryanto e Esteban gutierrez na seria muito melhor “mercadologicamente” falando e empolgante pois ainda estão em ascenção de carreira e uma categoria média faria bem à eles.

    Já Massa e Di Grassi na F-E, é meio Neymar disputando o Brasileirão, é legal, mas é pouco.

  • Eu não vejo o WEC continuar a existir para além de 5 anos… a tendencia das montadoras é concentrar atenção nos carros eletricos… ao meu ver, a médio prazo a F-E será a principal categoria do automobilismo. A F-1 ao meu ver, dentro de no maximo 10 anos deixará de existir como a conhecemos…

    Enquanto o WEC continuar a existir em alto nível, acho que deveria ser oferecido um contrato ao Massa e ao Andre Lotterer, que é e sempre foi o seu melhor piloto, ambos pela Porsche, já que esta abriu vagas…