A volta da Dodge?

Sergio Marchionne
CEO da Fiat Chrysler Automobiles, Sergio Marchionne tirou a Dodge da Nascar. Agora, o dirigente italiano iniciou tratativas com os responsáveis pela categoria para o retorno da marca num futuro próximo. Nada como um dia após o outro…

RIO DE JANEIRO – Toda transmissão da Nascar aqui no Fox Sports sempre tem aquela pergunta básica.

“Há mais alguma montadora interessada em participar da categoria?”

Respondíamos quase sempre que não.

Mas hoje, com alguma esperança, dá pra dizer “talvez”.

Neste fim de semana, aconteceu a final mundial do Ferrari Challenge, no Daytona International Speedway. Presente ao evento, o CEO da Fiat Chrysler Automobiles, o italiano Sergio Marchionne, revelou ter conversado com Jim France e Lesa France Kennedy, gente importante da Nascar, sobre o retorno da Dodge à série de Stock Car dos EUA.

A matéria publicada pelo News Journal de Daytona Beach conta que Marchionne foi parte importante na decisão de tirar a marca de cena após o título de Brad Keselowski pela Penske em 2012 – inclusive já com um carro pronto e construído, dentro do novo regulamento da chamada “Geração 6”. Mas que o grupo Fiat Chrysler cogita sim o retorno da Dodge à categoria.

“Eu acho que é possível voltarmos à Nascar”, comentou Marchionne.

“Ele é um homem inteligente”, disse Jim France sobre o encontro com o CEO da Fiat. “Tivemos uma boa discussão”, complementou.

Os fãs já ficaram entusiasmados. “Gostaria com certeza que eles voltassem”, disse Bruno Goi, de 28 anos. “É um nome do qual a Nascar precisa”, disse Gabe Medina, de 24 anos. “A categoria tem Chevy, Ford e Toyota. A volta da Dodge preencheria essa lacuna de um quarto fabricante”.

Jack Holcomb, concessionário Dodge em Daytona Beach, aprova o possível retorno do fabricante à Nascar. “Com certeza seus modelos Challenge e Charger têm ainda muita identificação com a categoria”.

Comentários

  • Tomara que aconteça!!!! Para uma competição 100% americana, a falta de uma das três grandes marcas deixa a Nascar sem um chamariz, uma rixa saudável, pois lá você acha pessoas que só tiveram Chevys em suas garagens, por exemplo, e essa paixão monomarca eles transferem para as pistas, as vezes de fazer coisas que nem os “tifosi” ferraristas ousariam…
    Aproveitando o ensejo, a temporada 2016 da Nascar foi demais, nas três categorias!!! Decisão na última corrida é demais!!! Para o ano que vem, vejo como acertadas a limitação de provas dos pilotos da categoria maior nas outras categorias, pois vai dar chance para os novatos e os que correm somente nelas mostrarem mais o seu trabalho. O chato que não vai ter muitas “varridas” do Buschinho… E só faria uma alteração no Chase: colocaria uma pista mista nessa fase de mata-mata, na última etapa antes da final. E tenho uma sugestão de pista: Sebring.
    Um abraço!!!

  • A FIAT que nunca vendeu carros no EUA será vista com mais simpatia pelos consumidores americanos se voltar com os Dodgões na categoria-mor do automobilismo.

    • A verdade é que o Sergio Marchionne percebeu com o tempo que foi um tremendo bola fora ter tirado a Dodge da categoria. Principalmente com um carro prontinho dentro do novo regulamento que vigora até hoje.

  • A questão agora seria: com quem?

    Com a maioria das equipes grandes com bons relacionamentos com seus fabricantes, seria uma aposta interessante para a Ganassi virar um time “de fábrica”? Com talvez a adição de uma equipe menor como a Petty ou a Front Row pra dar número?

    Difícil ver Hendrick e Childress sairem da Chevy. Impossível ver a Roush sair da Ford. A Stewart-Haas acabou de mudar, a Gibbs é o carro chefe da Toyota, com a Furniture Row recentemente vindo pro barco. Não consigo crer que a Penske voltaria assim, especialmente porque eles tem se acertado com a Ford também na Supercars. A única opção que consigo ver seria realmente a Ganassi, que hoje é mera cliente, porém ainda é mais forte que “o resto”.