A caminho da Indy

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RIO DE JANEIRO – Faz tempo que a presença feminina no automobilismo deixou de ser encarada com desdém. Em um meio eminentemente machista, ainda há aqueles olhares de preconceito, mas a maioria já observa as pilotos com muito mais respeito do que antes. E em 2017, uma jovem brasileira que já dividiu pista até com o filho de Michael Schumacher, vai para os EUA em busca do sonho da Fórmula Indy.

Bruna Tomaselli, de 19 anos, confirmou nesta semana que vai disputar a USF2000 National Championship. Esta categoria passa a fazer parte do programa de incentivo chamado Mazda Road To Indy, que vem dando chance a jovens pilotos no automobilismo ianque e que já mantinha sob seu guarda-chuva a Indy Lights e também a Pro Mazda Series. A temporada terá 14 rodadas em oito pistas diferentes nos EUA e Canadá, começando em março no circuito urbano de St. Pete, na Flórida.

A catarinense assinou com a Arms Up Motorsports e terá como chefe de equipe o experiente Gregg Borland, que já trabalhou com muitos pilotos de ponta no automobilismo dos EUA. Bruna está empolgada.

“O pacote é muito interessante. Os carros são competitivos e a categoria é muito organizada. Além disso, é muito bacana o fato de poder correr nas preliminares da Fórmula Indy. Será um ótimo ano”, prevê.

A primeira experiência de Bruna Tomaselli nos EUA foi com os carros da Fórmula 2000 Pacific. De cara, ela estreou com um 4º lugar no misto do circuito californiano de Fontana. Ano passado, ela foi a única piloto brasileira a disputar com frequência o campeonato da F-4 Sudam, conquistando inclusive seis pódios no total – com uma segunda posição como melhor resultado, fechando o ano em 4º lugar.

Vamos acompanhar os passos dessa menina com muita atenção. Tomara que ela tenha muito sucesso. Talento, pelo visto, a guria tem…

Comentários

  • Ótima notícia! Torço para que esta jovem consiga se estabelecer por lá e chegue à Indy, ou mesmo à NASCAR.

    Rodrigo, você tem alguma informação de como a Bruna Tomaselli está com relação a patrocínio? Miguel Paludo e Nelsinho Piquet sofreram com isso, e tiveram

    • Complementando (enviei a mensagem anterior antes de concluí-la…)

      Miguel Paludo e Nelsinho Piquet tiveram dificuldades nos EUA no quesito patrocínio e foram obrigados a buscar outros ares…

  • Quem se lembra da “febre” que foi Danica Patrick em 2005, no que diz respeito à marketing, explorando exatamente este fato de ser uma menina disputando com os marmanjos, sabe que, naquele momento, foi bom para a Indy (exposição da categoria ao público…) e, claro, bom para a garota, que (diga-se) é uma piloto bem limitada…embora não seja americana, talvez Bruna Tomaseli seja novamente essa “injeção” de marketing que a Indy tanto precisa…se somar isso a algum talento, certamente irá longe na terra do Tio San.

    • Como assim, piloto bem limitada? Só porque ainda não é campeã em uma grande categoria? Pra quem saiu e uma cidadezinha de menos de 10.00 habitantes, sem muito dinheiro, ela já fez muito. Imagine agora que terá alguma chance real…

  • A Bruna é mais um exemplo de que acreditar que categorias de monoposto aqui no BR vão formar pilotos, não passa de sonho.
    Piloto brasileiro sério que deseja fazer parte de categoria de ponta é EUA ou Europa aos 17-20, senão esquece!!
    Categoria de monospoto aqui no BR tem que focar/buscar os amadores quarentões (Ex. Formula 1600, V, etc”.