IMSA: Cadillac na frente nos testes em Sebring

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Jordan Taylor foi o mais rápido dos dois dias de treinos coletivos realizados em Sebring com o #10 que venceu as 24h de Daytona (Foto: Brian Cleary/BCPix.com)

RIO DE JANEIRO – A IMSA encerrou nesta sexta-feira os dois dias de testes coletivos que foram realizados no circuito de Sebring para a avaliação das mudanças que serão efetuadas no BoP dos carros para as 12h de Sebring, no próximo dia 18. Uma coisa não mudou em relação à Daytona: os Cadillac DPi-V.R continuam melhores que os demais protótipos da classe principal.

Os três carros com motor V8 6,2 litros que participaram dos testes ficaram exatamente com os três melhores tempos, cabendo ao #10 vencedor das 24h de Daytona a melhor marca dos dois dias – 1’49″600, superando o #5 da AX Racing/Mustang Sampling por apenas 0″051.

A IMSA pretendia que os Caddies virassem acima de 1’50” com as mudanças efetuadas no BoP do carro concebido na plataforma do chassi Dallara LMP2. Pelo visto não resultou, pois os bólidos continuam superiores à concorrência. Se a premissa é ter equilíbrio, então o tiro saiu de novo pela culatra.

Uma grande questão é que o motor do Cadillac tem uma curva de torque infinitamente superior a dos demais carros da classe Prototype, o que em retomada é decisivo.

O melhor dos LMP2 “puros” foi o Oreca 07 Gibson da JDC-Miller Motorsports, com Stephen Simpson virando em 1’50″348, uma diferença de sete décimos em relação ao melhor tempo dos testes. Numa pista muito técnica como a de Sebring, esta desvantagem é bastante grande.

Na disputadíssima divisão GTLM, a Corvette figurou no topo da folha de tempos – por uma ínfima margem: o #3, com Jan Magnussen a bordo, foi apenas 0″006 mais veloz que o Porsche #912 guiado pelo alemão Dirk Werner. A Ford – que pretende inscrever três carros para as 12h de Sebring – ficou com a terceira posição.

Uma das grandes atrações do teste foi a presença do colombiano Juan Pablo Montoya. Ele foi convidado por Giuseppe Risi para andar na Ferrari 488 GTE do time de Houston e efetivamente o “Montoyucho” deu algumas voltas no carro. O piloto da Penske – apenas para a Indy 500 neste ano – fez o tempo de 2’01″414. Ninguém cobrou voltas decentes do sul-americano, que gostou da experiência. “Só demorei algumas voltas a mais pra me adaptar. O ritmo aqui tem que ser muito constante”, avaliou.

Entre os carros da Prototype Challenge – que ganhou a presença da BAR1 Motorsports de última hora – Chuck Quinton foi o mais rápido a bordo do #8 da Starworks Motorsport, a 0″307 da marca do colombiano Gustavo Yacamán, da equipe de Brian Alder.

E na GTD, o top 5 dos testes foi só de carros “made in Germany”: Porsche e Audi dominaram os treinos e Colin Braun, com o #54 da CORE Autosport, fez o melhor tempo em 2’02″476, a 0″186 de Christopher Mies no Audi #29 da Montaplast by Land Motorsport.

Em terceiro ficou Andrew Davis com o #57 da Stevenson Motorsports, seguido pelo Porsche #73 com Jörg Bergmeister e pelo #28 da Alegra Motorsports, vencedora das 24h de Daytona. Spencer Pumpelly, colaborando com o time, fez a melhor volta nos treinos de Sebring.

O Acura NSX-GT3 #86 da Michael Shank Racing ficou com a 14ª posição – Jeff Segal foi o mais rápido a bordo e o brasileiro Oswaldo Negri marcou 2’03″836, com 46 voltas completadas ao total.

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