Um novo conceito

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Os chassis Dallara F301 iguais a este da PropCar serão os carros da Fórmula 3 “Academy”, exclusivamente para jovens de 15 e 16 anos

RIO DE JANEIRO (A ideia é boa, mas tem uma promessa aí…) – A Fórmula 3 Brasil aposta numa mudança de conceito para atrair jovens pilotos até 16 anos de idade e fazer da única categoria de monoposto a nível nacional uma verdadeira escola de preparação para o futuro. Para 2017, há uma mudança sutil e importante na denominação de uma das divisões: a classe Light agora passa a se chamar “Academy”, correndo junto com a divisão principal e com classificação e campeão em separado – tal como a agora extinta F-3 Light.

A Associação Nacional de Equipes de Fórmula (ANEF), que assume o compromisso de organizar o certame neste ano em parceria com o Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, garante que haverá uma equalização mecânica na faixa de potência do motor e que haverá transparência nessa equalização. O que valerá é o preparo e o talento dos garotos, que terão à disposição os chassis Dallara F301 que já faz tempo vem sendo usados pelos times na classe Light.

O conceito é válido, uma vez que além da F-3, não existe nenhuma outra categoria de repercussão nacional que prepare bem o piloto que sai do kart. Sim, os leitores já me disseram e eu sei que temos a F-1600, a Fórmula Vee, a Fórmula RS lá nos Pampas e agora a Fórmula Inter, em São Paulo – sem contar a Fórmula 4 Sul-Americana. Todas com conceitos diferentes, todas com custo bastante razoável. Mas me apedreje quem provar que 80% dos pilotos dessas categorias têm idade inferior a 20 anos e ambição de chegar à Fórmula 3 ou qualquer outra categoria de monoposto fora do pais.

Só vejo um problema nisso tudo da Fórmula 3 “Academy”: a CBA vem novamente com a historinha da premiação ao campeão dessa divisão com uma temporada custeada na divisão principal da F-3 Brasil em 2018. O pessoal não aprende mesmo – o gaúcho Pedro Goulart espera, até hoje, pelo prêmio que fez jus ao ganhar a categoria Sudam no Brasileiro de Kart (do ano passado!). A maléfica gestão de Cleyton Pinteiro engambelou o garoto e o pai do garoto.

E agora, o novo presidente, o sr. Waldner “Dadai” Bernardo acena com a mesma cantilena?

Eu, se sou o Volnei, pai do piloto Pedro Goulart, não estaria nem um pouco feliz com essa situação toda…

Mas vamos ver… tirando essa coisa chata de prêmios e promessas de dirigentes – jamais cumpridas – vamos dar um crédito ao esforço da ANEF em fazer uma coisa positiva para salvar a Fórmula 3, porque ela está precisando.

Comentários

  • Sairia muito mais caro pra equipes e, consequentemente para o custo da temporada, ao invés de ficarem com esses carros muito antigos, lançar a F4 oficialmente no Brasil, nos mesmos moldes de como ela funciona na Itália e Alemanha, por exemplo?

  • Se o objetivo é atrair e formar jovens pilotos para, quem sabe, ccompetir nas grandes categorias mundiais de ,monopostos, então devem contar com nosso apoio.