Direto do túnel do tempo (361)

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RIO DE JANEIRO – Em 67 anos de história, somente cinco mulheres participaram de Grandes Prêmios de Fórmula 1. Dessas, duas apenas correram em provas oficiais. Ambas italianas, já falecidas: Maria Teresa de Fillipis e Lella Lombardi. Esta última entrou para os compêndios como até hoje a única mulher a pontuar na classificação final do Mundial de Pilotos.

Como em todos os dias 8 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher, o blog homenageia neste post todas as mulheres apaixonadas por automobilismo.

Maria Grazia “Lella” Lombardi nasceu em Frugarolo, em 26 de março de 1941. Tinha portanto 34 anos quando chegou em 6º lugar no interrompido e trágico GP da Espanha de 1975, disputado no circuito Parc Montjuich, numa prova em que a Embassy Hill do alemão Rolf Stommelen decolou após perder o aerofólio traseiro, matando alguns espectadores e ferindo gravemente o piloto.

Lella disputou apenas 12 corridas entre 1974 e 1976, ficando de fora de seis delas. Sua última aparição foi no GP da Áustria de 1976, num velho Brabham BT44 da equipe RAM de John McDonald, terminando a disputa na 12ª colocação. Nas 24h de Le Mans, chegou em 11º naquele mesmo ano, dividindo um protótipo Inaltera GTP com outra mulher, a belga Christine Beckers.

Infelizmente, a italiana teve vida efêmera. Morreu em 3 de março de 1992, exatamente há vinte e cinco anos, devastada por um câncer.

Na foto, Lella conduz seu March 751 Cosworth no GP da França disputado em Paul Ricard.

Há 42 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Parabéns pela ótima homenagem! Aplausos também para Amati, D. Wilson, Galica.
    Para refletirmos sobre machismo nesse dia 8 de Março, divido contigo o que houve com a Desire…
    It was really difficult in the F1 to have any male driver appreciate who I was or what I had achieved.
    In the 1980 BGP Jaques Laffite deliberately drove me off the track in qualifying. His words to the press were “no F….. woman should be in F1”.