Fim da linha: Peugeot deixa o Rali Dakar após a próxima edição

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RIO DE JANEIRO – A comemoração de 40 edições do Rali Dakar marcará uma despedida: a Peugeot confirmou oficialmente que não irá disputar o maior evento off-road do mundo a partir de 2019. O próximo evento, marcado para começar em 6 de janeiro, é o último a contar com os modelos 3008 DKR oficiais da fábrica francesa, bicampeã nas edições de 2016 e 2017, ambas com Stéphane Peterhansel – sem contar os quatro títulos ganhos em território africano entre 1987 e 1990 com Ari Vatanen (duas vezes), Juha Kankkunen e Bruno Berglund.

Não obstante a redução do investimento para o próximo ano, que cairá em 1/4 do valor destinado ao orçamento de 2017, a Peugeot tem outros planos para o futuro – que provavelmente incluem o regresso do construtor às provas de Endurance. O CEO da marca, o português Carlos Tavares, é um enorme entusiasta das competições de longa duração, mas um retorno da marca a esse tipo de evento está condicionado principalmente a uma redução global de custos, que o dirigente considera hoje “estratosféricos” para o FIA WEC e 24h de Le Mans. As mudanças prometidas para 2020 no regulamento técnico dos LMP1 híbridos podem indicar um caminho a ser seguido.

Bruno Famin também já havia se manifestado sobre essa questão. “Se voltarmos a Le Mans, todos os nossos recursos serão destinados a isso”.

Para complicar a questão Rali Dakar, a FIA aponta para o uso de motores a gasolina a partir de 2019 nas provas de Todo-Terreno, o que já obrigaria a Peugeot a investir no desenvolvimento de um novo motor, já que os propulsores do 3008 DKR são movidos a diesel. A Mini (via BMW) e a Toyota terão que fazer o mesmo, caso tenham interesse em permanecer na disputa do Rali Dakar.

Resta saber como ficará o jogo de cartas com relação a pilotos e navegadores pós-Dakar 2018. A princípio, Stéphane Peterhansel, Sébastien Loeb, Carlos Sainz e Cyril Despres seguem a bordo para a próxima edição da prova.

Mas a partir daí, tudo pode mudar.

Comentários

  • Tomara que venha um novo construtor para o posto…além do mais, ainda não confio no regresso da Peugeot a Le Mans, não é tão fácil assim no atual cenário da LMP1…vide o que fez a Nissan.