Negócio da China: mais uma pole de Hamilton

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Ele faz a diferença: além de esmagar o recorde da pista, Hamilton larga na pole em Xangai pelo sexto ano seguido (Foto: AFP/Reprodução Grande Prêmio)

RIO DE JANEIRO – Pela sexta vez consecutiva no circuito de Xangai, Lewis Hamilton é o pole position para o GP da China de Fórmula 1. Num sábado com tempo muito melhor que na véspera, onde ninguém teve como andar praticamente nada e a segunda sessão de treinos livres foi suspensa, os pilotos tiveram que lidar com três horas de treinos a menos e fazer simulações de corrida poucas horas antes da classificação. Mas isso esteve longe de ser um problema para o britânico da Mercedes.

Além da pole, a de número 63 da carreira – a duas do ídolo Ayrton Senna – Hamilton simplesmente esmagou o recorde da pista. Virou sua melhor volta em 1’31″678, tirando absolutamente tudo de sua Mercedes para superar a Ferrari – que inclusive foi melhor no Q1 e no Q2, respectivamente com Vettel e Räikkönen. Mas na hora da verdade, o “Comandante Amílton” falou mais alto e prevaleceu.

Vettel fez das tripas coração para arrancar Valtteri Bottas da primeira fila. Conseguiu – por um mísero milésimo de segundo. Räikkönen deu a clássica amarelada do Q3 e ficou mesmo em quarto. A temporada está só no começo, eu sei e vocês sabem, mas é legal ver uma equipe fazendo oposição aos germânicos. A Divisão Panzer vê uma sombra vermelha nos retrovisores… e os italianos deliram.

O resto foi o resto: Ricciardo salvou um lugar na terceira fila e Felipe Massa fez o que era possível fazer. A Renault, graças a Nico Hülkenberg, foi a boa surpresa neste Q3, batendo Force India e Toro Rosso, além da Williams de Stroll, que já mostrou progressos em relação à desastrada estreia na Austrália.

Por falar em desastre, coitado do Antonio Giovinazzi. Pode ter tido sua última chance do ano com a Sauber, classificou o carro para o Q2 e… bateu. Acidente forte e preocupante. O italiano poderia ter saído com ferimentos, mas felizmente não sofreu nada. Ele fez companhia a Carlos Sainz, Kevin Magnussen, Fernando Alonso (de novo andando mais do que o McLaren Honda pode lhe proporcionar) e Marcus Ericsson.

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A porrada de Giovinazzi foi no fim do Q1 e o incidente botou muita gente pra escanteio: Romain Grosjean, que rodou no mesmo ponto da panca do italiano e conseguiu não bater, caiu fora. Decepção total após a ótima classificação em Melbourne. Max Verstappen, com sérios problemas de gerenciamento no motor, também não evoluiu. E outra zebra foi o último lugar de Esteban Ocon, que vem sofrendo um bocado a bordo do carro da Force India. Os demais degolados foram Stoffel Vandoorne e Jolyon Palmer, no que convenhamos não se constitui em surpresa.

Torço para que o GP da China não seja o tédio que foi a corrida de estreia na Austrália. E pelo menos teremos Max Verstappen a nos divertir. Saindo da última fila – ou não, já que Grosjean e Palmer vinham acelerando com sinalização de bandeira amarela e podem acabar punidos (estavam sob investigação) – o holandês deve dar algum espetáculo para fazer valer a pena ficar acordado de madrugada para assistir à corrida.

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