Tim Parnell (1932-2017)
RIO DE JANEIRO – Morreu hoje aos 84 anos o britânico Tim Parnell, ex-piloto e filho de um dos principais nomes do automobilismo britânico do pré e pós-Guerra: seu pai, Reg Parnell, foi protagonista do primeiro Grande Prêmio oficial de Fórmula 1, disputado em Silverstone no dia 13 de maio de 1950.
Nascido em Derby no dia 25 de junho de 1932, Tim começou a carreira como piloto em 1957, com um carro esporte Cooper T39. Dois anos depois, tentou a sorte na Fórmula 1: foi para o GP da Inglaterra de 1959 com um T45 de Fórmula 2 – acabou não se classificando naquela oportunidade. Mas antes, em 1958, ele já tinha participado de eventos extracampeonato – foram 28 no total, até 1963.
Após algumas corridas de Fórmula Junior, finalmente Tim estreou na categoria máxima: em 1961, alinhou um Lotus 18 privado em duas etapas – Inglaterra e Itália. Na fatídica corrida em que morreu o favorito ao título Wolfgang Von Trips, Parnell terminou na 10ª colocação. Foram as únicas corridas que participou, já que não se classificou para o GP da Alemanha de 1963 no Inferno Verde de Nürburgring com uma Lotus 18/21.
Em 1964, Reg Parnell morreu jovem (aos 52 anos, vítima de peritonite) e Tim tornou-se o dono da Reg Parnell Racing. Aos 32 anos de idade, passou para o outro lado do balcão, alinhando primeiro os Lola da equipe Yeoman Credit e depois os antigos chassis Lotus de fábrica. Trabalhou com pilotos como Chris Amon, Mike Hailwood e Peter Revson – todos em início de carreira, além de pilotos já rodados como Maurice Trintignant e Dick Attwood.
Depois, passou a receber da BRM os carros da equipe capitaneada por Sir Alfred Owen: na temporada de 1968, Tim Parnell revelou Piers Courage, que conquistou o 4º lugar no GP do México como melhor resultado da escuderia. E em 1969, alinhou seus carros para Pedro Rodriguez até o GP de Mônaco, quando foi convidado por Owen para assumir a chefia das operações da equipe BRM.
Foi com Tim Parnell no comando que o tradicional construtor britânico teve suas últimas glórias na Fórmula 1, conquistando vitórias com Pedro Rodriguez (Bélgica/70), Jo Siffert (Áustria/71), Peter Gethin (Itália/71) e Jean-Pierre Beltoise (Mônaco/72). A equipe depois passaria às mãos de Louis Stanley e entraria em franca decadência até desaparecer em 1977.
Tim Parnell também atuou como dirigente: administrou as pistas de Mallory Park, Oulton Park, Donington Park e Silverstone, e foi vice-presidente do British Racing Drivers Club (BRDC), tendo grande influência na entidade e no desporto automobilístico britânico. Após a aposentadoria, viveu seus últimos dias em Derbyshire.
Rodrigo, existe alguma relação entre o Piers Courage e a empresa que fabricava os protótipos Courage a alguns anos atrás?
Não, nenhuma. O Piers Courage era herdeiro de uma cervejaria com o mesmo nome. O Yves Courage, que fazia Esporte-Protótipos Grupo C e depois LMP1 e LMP2, é francês. Nenhum parentesco.
Rodrigo,
Salvo algum engano de memoria, amanhã fazem 50 anos da morte de Jim Clark
49 anos, Antonio. Ele morreu em 7 de abril de 1968.
Já teve especial dele aqui no blog?
Sobre Clark? Ainda não. Mas ano que vem, teremos.
Tem razão. Ficando velho, e a memoria falhando….kkkk
Desculpe.
Mas, tem um atenuante…. lembrar Clark nunca é demais, né ?.
Lógico que não, Antonio.
Grande época, a vitória de Beltoise em Monaco debaixo de chuva, O herdeiro da Revlon Cosméticos o norte americano Peter Revson na Yardley-BRM. Em 1972 no primeiro GP Brasil de F1 não válido pelo campeonato em Interlagos, haviam 3 ou 4 Marlboro-BRM de vários anos e modelos, assisti ao GP in loco!
Revson correu com um carro Yardley sim, mas não a BRM: ele andou de McLaren.
Correto, acho que era o McLaren-Ford M19 da Yardley, branco com a parte de baixo da lateral em laranja.