Vídeos históricos: o título de Tony Stewart na IRL (1997)

https://www.youtube.com/watch?v=y5I1Uz8b890

RIO DE JANEIRO – Antes de se tornar uma lenda da Nascar, com direito a três títulos na hoje Monster Energy Cup Series – o último deles, como piloto e dono de equipe – Tony Stewart fez a festa na Indy Racing League (IRL), o campeonato criado por Tony George para se desvencilhar da Championship Auto Racing Teams (CART) e que ficou com as 500 Milhas de Indianápolis.

Em 1997, no segundo ano da série, a IRL já se utilizava de chassis próprios, construídos para a categoria. Eram modelos G-Force, Dallara e Riley & Scott movidos a motores V8 4 litros fabricados pela Oldsmobile (Aurora) e Nissan (Infiniti). Mas quando a segunda temporada da categoria começou – em 18 de agosto do ano anterior – ainda eram permitidos os modelos Lola e Reynard idênticos aos da CART.

A corrida do vídeo acima foi a 10ª e última daquele campeonato em que dois pilotos chegaram à batalha final em Las Vegas com chances. Stewart, defendendo a Menard, tinha vencido em Pikes Peak no Colorado e conquistado um total de quatro pole positions. Seu antagonista era Davey Hamilton, representando a tradicional escuderia de A.J. Foyt com direito ao numeral #14 do tetracampeão da Indy 500, que passou o ano inteiro sem ter ganho uma corrida sequer, conquistando três vezes um 3º lugar como melhor resultado.

Apesar de um magro 11º lugar na corrida final, Stewart, então com 26 anos, levou o título com seis pontos de vantagem para Hamilton, que chegou em sétimo. Marco Greco disputou aquele campeonato defendendo primeiro o Team Scandia e depois a Galles, conseguindo o 3º lugar no campeonato com os mesmos 230 pontos de Eddie Cheever Jr., que venceu uma corrida em Disney. Affonso Giaffone fez oito corridas e conquistou um 4º lugar em Charlotte, terminando o certame em 16º lugar.

Detalhe: a última corrida daquele ano teve 31 carros no grid e o vencedor foi… Eliseo Salazar!

Comentários

  • Essa era uma época que podemos considerar ” de ouro” perto dos dias atuais em termos de espaço em tv aberta para o automobilismo. Digo porque, na tentativa de fazer frente ao SBT, que transmitia ao vivo as provas da CART, a Bandeirantes começou a transmitir a IRL sob o slogan de “A verdadeira Fórmula Indy”, logicamente porque a IRL tinha em seu calendário a Indy 500. Assim, por um período tivemos ambas as categorias com cobertura em tv aberta, o que é utópico nos dias de hoje.
    Eu gostava das duas, mas considerava a CART a melhor no conjunto pistas/pilotos/equipes. Foi uma grande fase do automobilismo e me considero sortudo por ter acompanhado.

  • A criação dessa categoria, foi o estopim, para o declínio da Indy, antiga CART, nos EUA com a divisão entre a IRL vs CART. Hoje, temos a categoria unificada novamente, mas a audiência e o público que se tinha nos anos 80 e 90, onde se corria Bobby Rahal, Al Unser Jr, Michael Andretti, Emerson Fittipaldi e entre outros, vai demorar para conquistar novamente.
    Obrigado Tony George, por destruir a principal categoria de monopostos dos EUA.

  • Grandes tempos de IRL e Cart, porém seria muitíssimo melhor que tivessem corrido juntas. Teria sido demais se Tony Stewart e sua Menard fluorescente tivesse feito disputas com Zanardi, Gil, André, Adrian, Moore, Andretti, Tracy ou Al Unser Jr nos ovais. Era um piloto do mesmo quilate dos que citei. E imagino até hoje o que teria sido a CART de ouro de 1996 até 2001 correndo completa na Indy 500. O automobilismo americano perdeu a chance de ter visto o Eldorado da Cart em Indianápolis. É fato.