Fogo cruzado no Supercars australiano

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A Penske, em associação com a Dick Johnson Racing, já é a maior vencedora da temporada 2017, graças a mais um triunfo de Scott McLaughlin. Fabian Coulthard é o líder da classificação após a rodada de Winton

RIO DE JANEIRO – Duas gigantes do automobilismo tomam para si o protagonismo na temporada 2017 do Supercars Series australiano. A DJR Penske e a Red Bull Racing Australia (a.k.a. Triple Eight Race Engineering) vêm dominando o campeonato, comprovando que a batalha entre Ford e Holden também vai dar o tom até a última rodada do ano.

No circuito Winton Motor Raceway, no estado de Victoria, foi assim: Scott McLaughlin venceu a primeira prova da rodada do último fim de semana e no domingo, foi a vez do atual campeão Shane Van Gisbergen conquistar o triunfo. A Penske chegou ao quinto triunfo no ano e a equipe Red Bull venceu pela terceira vez – excluindo-se aí a corrida de Symmons Plains interrompida por um acidente.

Dos cinco triunfos da equipe de Dick Johnson e Roger Penske, dois foram de Fabian Coulthard, líder do campeonato: o primo distante do ex-Fórmula 1 David Coulthard comanda a classificação com apenas quatro pontos de vantagem sobre Jamie Whincup, que ainda não faturou nenhuma corrida neste ano – porém já soma seis pódios.

McLaughlin, que teve uma sequência de vitórias quebrada por SVG, é o terceiro na tabela, a 28 pontos do companheiro de equipe. Van Gisbergen é o quarto e Chaz Mostert, único a vencer por outra escuderia, completa o top 5 da classificação.

A etapa de Winton contou com três inscrições extras além dos 26 carros regulares da temporada. James Golding foi o piloto mais bem classificado, completando no sábado em 16º lugar. Os outros pilotos que competiram no fim de semana foram Macauley Jones e Shae Davies.

Na rodada que vem, em Darwin, nos dias 17 e 18 de junho, Macauley Jones volta a ter mais uma oportunidade na competição e quem vai aparecer é Jack Le Brocq, no Nissan Altima L33 da MW Motorsport.

Comentários

  • Rodrigo, o que você tem achado do prognóstico pro Gen2? Tenho achado que o futuro está meio nublado, e arriscado para eles por lá. Me parece um pouco que, ou a Supercars foi pega de surpresa, ou foi um tanto inocente..

    Primeiro que o ano-alvo para o Gen2 já seria 2017, algo que num chegou nem perto de ser cumprido. Para 2018, apenas a RedBull-Holden está comprometida a fazer um novo carro, e ainda assim, eles anunciaram essa semana que é bem provável que só façam 2, e que o Lowndes talvez corra com o atual mesmo.

    Isso somado ao fato de que a Nissan só tem contrato com a categoria até o fim de 2018, e que tudo indica que ela irá esperar até lá para pensar o que fazer. Vale lembrar que o Altima parou de ser vendido na Austrália, e agora a Nissan não oferece nenhum sedan ou coupé por lá! Apenas o GT-R, que é um GT, e representantes da Nissan já disseram que não faria muito sentido usá-lo num campeonato de turismo (e não faz mesmo!).

    A Ford já não tem nenhum envolvimento oficial mais, quem briga pra manter algo são a Penske e a Prodrive que cogitam desenvolver um novo carro, mas nada é garantido.

    E tudo isso, ainda contando que desde a introdução do COTF, já perdeu-se a “Mercedes” e a Volvo. E que não existe nenhuma montadora no radar, cogitando participar.

    Ou seja, corre-se o risco de ano que vem termos 2 Gen2 apenas no grid. E se eles forem mais lentos? Ou se eles forem muito mais rápidos? Já foi polêmico quando precisaram alterar as regras pois os Mercedes e os Nissan “bebiam demais”.

    E pra piorar, pelo o que eu li, a “data de validade” do projeto COTF como um todo é 2021. Que montadora vai querer desenvolver um carro totalmente do zero, numa baita aventura, pra arriscar uns 2 anos apenas?

    • Tomara que os organizadores cheguem a um consenso.

      Acho que o grande problema foi tentar matar a essência da competição, que era os carros com motores V8, abrindo o leque para unidades de 6 e até 4 cilindros com turbo. E aí vai outra questão: a equiparação do regulamento técnico, como seria feita?

      Sei não, mas se ninguém se coçar, a série vai pro saco em menos de 10 anos.

      • Pensei exatamente o mesmo.

        Na verdade, apesar de não ser o mais “legal”, tirar a essência da categoria, a questão dos V8 em si, dá até para ir aceitando com o tempo, já que algumas das marcas estavam alegando não participar porque não possuíam produção de nenhum motor desse tipo (a Volvo usava um motor Yamaha).

        O complicado é que me parece que tudo foi feito no melhor estilo “regras da FIA”. Ou seja, sai decidindo sem conversar muito, e deixa pra ver se dá merda na hora H. No desespero de “agradar à todos” vão acabar não agradando ninguém.

        Aliás, ontem depois que postei aqui, li uma entrevista em que o Lee Holdsworth falava exatamente de como o orçamento da RedBull e da Penske em relação às demais equipes. está afetando negativamente a competição como um todo. O que, aliás, já dava pra ser visto há alguns anos, com o que os gringos apelidaram de “Formula Dane”, já que só a Triple Eight ganhava.