Leo Kinnunen (1943-2017)
RIO DE JANEIRO – Luto no automobilismo finlandês: morreu ontem, aos 73 anos de idade, Leo Kinnunen – o pioneiro dentre os pilotos do país a competir na Fórmula 1. Eu soube da notícia através do twitter de Valtteri Bottas, da equipe Mercedes-Benz.
Leo completaria 74 anos no próximo dia 5 de agosto e vinha lutando contra uma longa enfermidade, de acordo com o jornal finlandês Ilta-Sanomat.
O piloto, que era apelidado “The Flying Finn” (Finlandês Voador), teve mais sucesso em provas de Endurance do que na categoria máxima do automobilismo. Em 1970, ao lado do mexicano Pedro Rodriguez e do britânico Brian Redman, venceu as 24 Horas de Daytona com um Porsche 917K da equipe Gulf de John Wyer. Na Intersérie, conquistou três títulos em sequência com um time próprio, a bordo do lendário Porsche 917/10. E foi como piloto independente que decidiu, aos 30 anos de idade, estrear na Fórmula 1.
Kinnunen tentou tomar parte em seis corridas da temporada de 1974, alinhando o chassi Surtees TS16. Na primeira, no GP da Bélgica disputado em Nivelles-Baulers, não conseguiu se classificar apesar do grid de incríveis 31 carros, porque seu tempo de classificação foi quase 19 segundos pior que a pole position do suíço Clay Regazzoni.
Após a inscrição rejeitada no GP de Mônaco, voltou em Anderstorp para o GP da Suécia e lá disputou sua primeira – e única corrida. 25º colocado no grid de largada, o finlandês abandonou com problemas mecânicos após completar oito voltas.
Depois, falharia a classificação nas demais quatro provas. Na França, em Dijon-Prenois; Inglaterra, em Brands Hatch; Áustria, em Zeltweg e Itália, em Monza. Em todas essas oportunidades, foi último ou penúltimo nas sessões de classificação. O carro, além de fraco, era equipado com os pneus Firestone, igualmente ineficazes.
Além do pioneirismo, Kinnunen entrou para o folclore da Fórmula 1 por ter sido o último piloto da categoria a competir com um capacete com abertura frontal, ainda usando óculos como na década anterior. Em 1968, a norte-americana Bell introduziu o primeiro casco fechado, estreado naquele mesmo ano por Dan Gurney no GP da Alemanha, em Nürburgring.
A tendência segue até hoje e são cada vez mais raros – exceção feita aos Ralis – os casos em que pilotos de competição usam capacetes com abertura frontal.
1974 foi mesmo um ano ”sui generis”, pois, além do Leo Kinnunen ter sido o último piloto a correr na Fórmula 1 de capacete aberto, na Copa do Mundo naquele ano o goleiros do Zaire, Kazadi Mwampa e Tubilandu Ndimbi, foram os últimos goleiros a atuarem num Mundial sem luvas, pelo que eu sei.
No mais, que o Flying Finn esteje agora num bom lugar. Merece todos os méritos por abrir as portas da Fórmula 1 para os finlandeses, pois depois dele vieram, de roldão, o Mikko Kozarowitsky, o Keke Rosberg, o Mika Hakkinen, o Kimi Raikkonen, o Heikki Kovalainen, e, agora, o Valtteri Bottas, entre outros.
Jongbloed, da seleção holandesa, também atuava sem luvas na Copa de 1974.
Disso eu também não sabia, caro Rodrigo! Valeu pela informação!
Mikko Kozarowitsky?
Entrei no Wikipédia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mikko_Kozarowitzky
Inscrito em dois GP´s em 1977 (RAM Racing), não disputou os dois.
Na sua primeira participação, no Grande Prêmio da Suécia, sem nenhuma experiência dirigindo um carro de Formula 1, ficou a 2,6 segundos de conseguir a classificação para a largada. Na participação seguinte, no Grande Prêmio da Inglaterra, se envolveu em um acidente com Rupert Keegan, tendo fraturado a mão.