Direto do túnel do tempo (378)

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RIO DE JANEIRO – O Facebook me lembrou que em 23 de agosto de 2009 o Brasil chegou a uma marca histórica na Fórmula 1.

Naquele dia, Rubens Barrichello venceu o GP da Europa no circuito urbano de Valência e o país alcançou 100 conquistas na categoria máxima do automobilismo, desde que Emerson Fittipaldi venceu pela primeira vez em 4 de outubro de 1970.

Hoje, vivemos a maior seca da história. Após esta corrida, o mesmo Barrichello ganharia o GP da Itália e o Brasil empacou em 101 vitórias. É o terceiro no ranking longe da França, que tem 79 e também não vê ninguém ganhar desde… Olivier Panis em 1996!

Mas a Alemanha, em grande parte graças aos 91 triunfos de Michael Schumacher, disparou no ranking e tem 172. A Grã-Bretanha, mesclando as vitórias de escoceses e ingleses, está por enquanto inalcançável com 261.

De certa forma, é bacana recordar o feito de Rubens, porque com aquele resultado e o 7º lugar do companheiro de equipe e então líder do campeonato Jenson Button, o piloto da Brawn GP mantinha acesas as esperanças de conquistar um título inédito aos 37 anos de idade. Rubens se empenhou como poucos para permanecer na categoria máxima, tanto que depois alcançaria o recorde histórico de 325 GPs disputados.

Mas é doído perceber que depois dele, nem mesmo Felipe Massa conquistou qualquer outra vitória. Depois disso, foram 13 pódios somente em oito anos, com o piloto – hoje na Williams – terminando em 2º ou em 3º lugar.

Escrevi também no Facebook que dificilmente veremos outro piloto brasileiro quebrar esse triste recorde a médio prazo. Isso pra não ser pessimista e dizer que dificlmente essa marca voltará a ser batida.

Há oito anos, direto do túnel do tempo.

Comentários

  • Felipe Massa venceria aquele Gp da Alemanha em 2010 que deu passagem ao Alonso, acho q depois dali ele sentiu a pressão e nunca mais foi nem sombra do que tinha sido em 2006-2008

  • Nem digo ser pessimista, e sim, realista. Estamos bem próximos (era pra ser já a partir desse ano) de não ter pilotos brasileiros no grid, quem dirá vitórias. No horizonte atual, não tem nenhum nome com chances. Bruno Baptista não vai bem na GP3, Sette Câmara idem na Fórmula 2. Pietro corre numa categoria muito esvaziada, recheada de pilotos ruins. Ele mesmo não ajuda, se atrapalhando num campeonato que deveria já ser dele. E Pedro Piquet é fraco. Tirando esses 4, que digamos, estão no alcance do radar, não tem mais ninguém. Complicado, chuto uns bons dez sem Brasil na F1

  • O Brasil sempre viveu de talentos esporádicos, especialmente em esportes individuais, vide Senna; Piquet e Emerson na F1, Guga; Popó; Cielo; Maurren; etc e outros esportes. Essas pessoas chagaram lá não por causa de um programa de formação no Brasil, mas por talento próprio… agora eu me pergunto: Para aparecerem esses citados, quantos não foram perdidos???? Se houvesse um programa de base, seja público ou privado, a situação seria outra…

    • Os vários perdidos que eram bons (Gil, Helinho, Tony) não tinham vaga em time grande e só teriam chance em equipes médias e/ou menores e em formação. Sem resultados, ninguém se sustenta. O Cristiano da Matta não se sustentou. Zonta, idem. O Diniz só ficou mais tempo porque tinha algo que interessava às equipes. Pizzonia queimou-se. Burti é aquele negócio que a gente conhece. Sem contar outros.

      Nelsinho também teve aquele episódio comprometedor e além do Ayrton, do Nelson e do Emerson, sobraram quem? Pace, Barrichello e Massa.

      Alex Dias Ribeiro só teve carroça. Wilsinho era sacaneado na Brabham e o Ingo não podia ser páreo para o patrão na Copersucar. Serra e Boesel tiveram carros ruins na F1 mas o tempo se encarregou de mostrar que nunca deixaram de ser muito bons pilotos.

      • E a coisa fica pior quando a gente lembra de quantos brasileiros já passaram pela fórmula 1… e ano que vem? Na década que vem? Nem em equipes nanicas há essa perspectiva!! Triste realidade…