GT Open: vitórias da Wessex e da Teo Martin – com Farfus – em Monza

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A despeito de um ano difícil no DTM, Augusto Farfus conquistou junto a Lourenço Beirão da Veiga uma bela vitória no GT Open neste domingo, em Monza

RIO DE JANEIRO – O International GT Open voltou a um de seus palcos mais tradicionais para a disputa da 6ª rodada dupla da temporada 2017: a pista de Monza viu o desfile dos carros dos sonhos em duas boas corridas disputadas neste fim de semana – com direito a triunfo de brasileiro. Augusto Farfus espantou a zica de uma temporada abaixo do imaginado no DTM e ajudou a equipe Teo Martin Motorsport a faturar seu segundo 1-2 nesta categoria, restando apenas a etapa de Barcelona para conhecermos os campeões.

E a batalha promete: a dupla Fran Rueda/Victor Bouveng sai de Monza muito mais próxima do italiano Giovanni Venturini, que continua líder do campeonato. O representante da Imperiale Racing tem 97 pontos, mas a tripulação do #65 da Teo Martin está ali no cangote, somando 92 pontos e levando a decisão para a última.

Na primeira prova, Rob Bell largou da pole position com o McLaren 650S #22 da equipe do parceiro Shaun Balfe, mas quem roubou a dianteira foi outro britânico – Craig Dolby, com o Lamborghini R-EX da equipe Wessex/Nigel Mustill. Apesar de defasado, o carro #39 andou muito bem na Itália e Dolby continuou firme na liderança, seguido por por Marco Mapelli, Victor Bouveng, Rob Bell, Lourenço Beirão da Veiga e Dominik Farnbacher até a altura da 15ª volta, quando Mapelli mergulhou por dentro na freada da primeira chicane e levou o carro #63 da Imperiale à liderança.

Dolby parou na 17ª volta e o italiano, com a liderança embaixo do braço, postergou sua parada o quanto pode, entrando nos boxes na volta 23. No GT Open, cada dupla tem um tempo mínimo exigido (é o chamado handicap) para cumprir seu pit stop, num cálculo determinado pelo desempenho nas provas anteriores. E apesar de todo o esforço de Mapelli para colocar seu carro na dianteira e ajudar o parceiro Giovanni Venturini, quando o ciclo de paradas terminou a liderança já havia voltado para o carro #39, então já conduzido por Seb Morris.

A Venturini, coube superar o McLaren de Shaun Balfe na curva de Lesmo e recuperar pelo menos a 2ª posição. Atrás deles, Augusto Farfus, já no lugar de Lourenço Beirão da Veiga, vinha em 6º após superar o carro #23 de Alex Fontana, quando algo se quebrou na parte traseira da BMW #51, obrigando o brasileiro a desistir.

Até o final, as únicas movimentações de vulto aconteceram no pelotão intermediário, onde Côme Ledogar recuperou algumas posições para chegar em sexto. Raffaele Gianmaria conseguiu a ultrapassagem sobre o companheiro de equipe Fontana e minimizou o prejuízo do companheiro de equipe Thomas Biagi, para terminar na sétima colocação.

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A boa e velha Lamborghini R-EX da Wessex/Nigel Mustill conquistou a vitória com Craig Dolby e Seb Morris na prova #1 de Monza

Morris cruzou tranquilo ao fim de 38 voltas, com 1″785 de vantagem para Venturini, seguido pelo McLaren de Bell/Balfe, que venceu na classe Pro-Am. Marcelo Hahn/Alan Hellmeister fizeram uma corrida regular e terminaram no 16º posto final – oitavo na sua categoria. Márcio Basso/Nonô Figueiredo salvaram o pódio na classe Am e fecharam a disputa em décimo-nono na geral.

A corrida deste domingo começou com um carro a menos – aliás, o grid já estava desfalcado da Ferrari da Kaspersky Motorsport, irrecuperável após um acidente com Alex Moiseev no treino classificatório de sábado: o Lexus #55 dos irmãos Mario e Dominik Farnbacher, com danos extensos após um contato com a Mercedes guiada pelo suíço Mauro Calamia, não alinhou para a etapa, que teve assim 23 bólidos e a pole position conquistada pelo brasileiro Augusto Farfus.

O piloto da BMW #51 manteve o primeiro lugar sob absoluto controle durante todo o seu turno de pilotagem, com o francês Côme Ledogar a uma distância, digamos, controlável. Fran Rueda vinha em 3º com a outra BMW da Teo Martin, seguido pelo dinamarquês Mikkel Mac Jensen na Ferrari da Spirit of Race. Seb Morris e Albert Costa completavam os seis primeiros.

A janela de paradas foi aberta na 13ª volta, mas Farfus fez seu pit apenas na décima-sexta, cedendo o volante a Lourenço Beirão da Veiga. Ledogar pegou a ponta e só pararia na 18ª passagem, entregando o comando da McLaren da Garage 59 para Alexander West. Com um handicap cinco segundos maior que os adversários, a dupla não conseguiu superar Farfus/Beirão da Veiga na parada de box e o português voltou à liderança quando a janela foi encerrada. Nessa altura do campeonato, a Mercedes de Márcio Basso/Nonô Figueiredo abandonou após um pneu furado e danos na seção dianteira de sua Mercedes-AMG GT3.

A dobradinha da Teo Martin tomou forma na 21ª volta, quando o sueco Victor Bouveng superou o compatriota Alexander West e assumiu o segundo lugar. Depois, o nórdico perderia diversas posições, primeiro para Miguel Ramos e depois para Craig Dolby e Philip Frommenwiler. Pelo menos, a dupla West/Ledogar venceu a prova #2 na classe Pro-Am em dobradinha com Michael Benham/Duncan Tappy.

Nas últimas passagens, a atenção ficou voltada à batalha pelo 3º lugar, vencida pelo português Miguel Ramos contra Craig Dolby. Lourenço Beirão da Veiga seguiu firme na ponta e dessa vez, a vitória foi mais tranquila que a do Lambo na véspera: a BMW vitoriosa cruzou com pouco mais de seis segundos de vantagem para Victor Bouveng.

Na classe Am, só dois carros terminaram a prova, já que além da Mercedes de Nonô/Basso, o carro de Martin Konrad/Alexander Hrachowina foi danificado num acidente logo na primeira volta que eliminou outros dois competidores da disputa. Os portugueses Luis Silva/Antônio Coimbra venceram, seguidos por Fu Songyang/Gabriele Lancieri.

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