Vitória, drama e título para Giovanni Venturini no GT Open

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Numero uno: Giovanni Venturini respirou aliviado após uma última corrida repleta de alternativas e conquistou enfim o título do International GT Open em 2017

RIO DE JANEIRO – Emoção até o fim na rodada final do International GT Open, disputada em paralelo com o Euroformula Open e outras categorias no Circuito da Catalunha, em Barcelona. Duas provas excelentes, mostrando que a categoria atingiu um ponto muito alto depois de um período de grande incerteza. A receita deu certo e não faltou uma boa dose de dramaticidade para que se conhecesse o novo campeão – e ele é italiano.

Aos 26 anos e nascido em Vicenza, Giovanni Venturini é do programa Squadra Corse da Lamborghini. E foi com um dos Huracán da Imperiale Racing que ele chegou ao título da temporada 2017. Primeiro, dividiu o carro #1 com Thomas Biagi. Entretanto, o chefão Ivano Pignatti resolveu mudar as duplas e pôs Venturini dividindo um terceiro bólido com Marco Mapelli, enquanto Biagi ficaria com Raffaele Gianmaria.

A estratégia deu certo, mas afastou Biagi do páreo e Venturini, com Mapelli na parceria, se manteve firme na briga pelo título. Tão firme que no sábado, venceu e conquistou pontos fundamentais na batalha contra Victor Bouveng/Fran Rueda, da equipe Teo Martin Motorsport. A dupla formada por Albert Costa/Phillip Frommenwiler, que ainda reunia chances retóricas, largou na pole mas acabou sucumbindo nas últimas voltas, dando adeus às suas esperanças.

Na classe Pro-Am, vitória surpreendente de Fu Songyang/Andrea Caldarelli na prova de sábado e Nonô Figueiredo/Márcio Basso, com um bom 13º lugar na quadriculada, conquistaram a vitória na classe Am, na qual os companheiros deles, os portugueses Luis Silva e Antônio Coimbra já chegaram campeões à Barcelona.

A derradeira prova foi dramática. A Teo Martin Motorsport conquistou o 1-2 na primeira fila do grid e pareceu ter fôlego para chegar a mais uma conquista na temporada. Mas na janela de paradas para troca de pilotos, a Emil Frey Lexus Racing trabalhou melhor e pôs a dupla Costa/Frommenwiler em condições de quebrar a hegemonia dos adversários, enquanto Victor Bouveng fazia das tripas coração para se sustentar à frente de Chris Engelhart na Lamborghini #23.

E então aconteceu: o Lexus guiado por Albert Costa ascendeu à ponta e o português Lourenço Beirão da Veiga reduziu dramaticamente o andamento para permitir a aproximação de Victor Bouveng. Naquele momento, Marco Mapelli, que estava a bordo do carro #63 em que Venturini guiou na primeira parte, vinha ganhando posições suficientes para terminar o campeonato à frente de Bouveng/Rueda.

Porém, uma inversão de posições entre as duas Bimmers poderia dar o título aos pilotos da Teo Martin e quem entrou em ação, pouco antes da última volta, foi Chris Engelhart: na última curva, logo na entrada da reta, o alemão deu um totó no carro de Bouveng, que saiu da pista e da disputa pelo título.

A direção de prova aplicou a posteriori uma punição banal de 5 segundos à dupla Engelhart/Postiglione, insuficiente para aplacar a decepção de Bouveng/Rueda, que ficaram com o vice a oito pontos do novo campeão. Costa/Frommenwiler faturaram a última prova do ano e foram os que mais corridas ganharam – quatro de um total de 14. Antônio Félix da Costa/Lourenço Beirão da Veiga ficaram em segundo e os irmãos Mario e Dominik Farnbacher herdaram o 3º lugar final com a punição à dupla do carro #23.

Na Pro-Am, Jordan Witt/Michael Meadows levaram a vitória na última prova e o título da divisão ficou com Shaun Balfe/Rob Bell. E com um belíssimo 10º lugar geral, Rinat Salikhov/Sergei Borisov ganharam a etapa final na classe Am, com Nonô Figueiredo/Márcio Basso em segundo na categoria e o 18º posto geral – resultado que deu a Basso o vice na temporada.

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