Direto do túnel do tempo (384)

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RIO DE JANEIRO – O fim de semana é de decisão na Nascar. As três categorias nacionais vão mais uma vez para Homestead-Miami, oval de uma milha e meia de extensão que conhecerá os campeões de 2017. Poderão todos ser campeões inéditos ou então apenas na Xfinity Series esta façanha seria alcançada por qualquer um dos quatro postulantes ao título. Só na Truck e na Monster Energy Nascar Cup Series temos a chance de ver ‘figurinhas carimbadas’ no pódio da entrega do troféu de campeão.

E uma dessas ‘figurinhas carimbadas’ da Nascar – duas, aliás – saem de cena. Um deles é Dale Earnhardt Jr., bicampeão da Xfinity Series e que herdou a fabulosa popularidade do pai, tragicamente desaparecido em 2001. O outro é o vencedor do último fim de semana: Matt Kenseth.

Lamento mesmo que o piloto do carro #20 da Joe Gibbs Racing, hoje com 45 anos de idade, tenha que compulsoriamente abandonar a categoria após este domingo. Os tempos são outros, a renovação é célere e o público também anseia por novos ídolos. Do que chamamos de “velha guarda”, restará apenas Jimmie Johnson para 2018.

Tendo guiado para Jack Roush e, mais recentemente, para a JGR, Matt Kenseth construiu uma reputação de piloto consistente – e não à toa, seu apelido na categoria era “Mister Consistency”. Foi campeão da categoria em 2003 com uma regularidade irritante, tendo vencido apenas uma única corrida – de um total de 39 em que triunfou em sua longa carreira de 650 corridas na divisão principal. Na Xfinity, correu outras 288 vezes e ganhou 29 delas.

O formato de Chase da Nascar, hoje conhecido como Playoff, nasceu em consequência exatamente do título de Kenseth, calcado na regularidade. Na foto acima, ele guia no oval de Pocono, na Pensilvânia, à frente do saudoso Dodge da Penske, conduzido por Ryan Newman.

Há 14 anos, direto do túnel do tempo.

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