O dilema da Rebellion

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Seguir na LMP2 para brigar por mais um campeonato? Ou voltar à LMP1? Eis os dilemas da Rebellion para a Super Season do WEC

RIO DE JANEIRO – Campeã do World Endurance Championship em seu primeiro ano na classe LMP2 com Julien Canal e Bruno Senna, a Vaillante Rebellion vê um dilema no horizonte: permanecer onde está, numa divisão equilibrada e com chances de conquistar de novo o campeonato – ou então voltar de onde vieram e promover o regresso do time anglo-suíço à LMP1 em 2018/19.

A debandada da Porsche do WEC promoveu uma situação inusitada para a a categoria principal. Junto à Toyota, estarão uma série de times não-oficiais e pelo menos quatro independentes já confirmaram que vão alinhar na LMP1. Existe o mistério envolvendo uma cliente Ginetta que comprou três carros e agora aumenta o rumor quanto um possível retorno da Rebellion, alimentado pela cúpula da própria escuderia.

“Não posso dizer com certeza que é o que faremos”, confirmou o Team Principal Bart Hayden. “Mas depois do título deste ano na LMP2, vamos analisar melhor todas as opções”, afirma o dirigente.

O site Motorsport-Total.com, da Alemanha, apurou que a equipe tem como opção de retorno para a divisão de elite do WEC o uso dos chassis da francesa Oreca, que tem em seus planos uma versão revista de seu protótipo LMP2, transformado em LMP1. “Você tem que economizar muito peso e fazer um novo trabalho de aerodinâmica”, disse Hayden. “No entanto, esse projeto parece realista em curto prazo”, avalia.

Caso a Rebellion se decida pelo regresso, a busca mais difícil será pelo motor: a opção pela AER está descartada de cara, já que a experiência pregressa com os propulsores do fornecedor britânico não foi das mais positivas. A Nismo vai fornecer em caráter exclusivo para a ByKolles e há ainda a opção de escolha entre os propulsores que Judd (em parceria com a AIM, desenvolveu um V10 5,5 litros a 72º) e Gibson (com um V8 4,5 litros) oferecem para a LMP1. Um outro caminho seriam as unidades Audi derivadas do DTM e preparadas pela NBE (Neil Brown Engineering), mas esses motores são muito pesados para carros Esporte-Protótipo.

Uma coisa é certa: Alexandre Pesci não desistiu do sonho de vencer as 24 Horas de Le Mans. Os episódios deste ano mostraram aos independentes e até aos times da LMP2 que isso deixou de ser uma utopia para se tornar algo palpável. E as chances dos times privados de LMP1 aumentam exponencialmente com equipamentos confiáveis e bons pilotos. A própria Rebellion pode realizar um sonho de muita gente e reunir – no mesmo carro – ninguém menos que Bruno Senna, Nico Prost e Nelsinho Piquet. Não obstante, caso voltem para a LMP1 com dois carros, poderão se socorrer de mais pilotos qualificados que estão sem cockpit para 2018/19 após as retiradas de Porsche e Audi.

Já imaginaram?

Comentários

  • Se tivessem dois carros na Lmp1 o time dos sonhos(pelo menos para nós brasileiros) seria:Derani,André Negrão e Nelson Jr no outro Nasr,Senna E Prost

  • Creio que, depois desta temporada, onde o time evoluiu em todos os sentidos, acertando na escolha por migrar para a LMP2 e reformular as trincas (as duas são excelentes). Regressando à LMP1, a Rebellion deve ser levada muito à sério, visto que neste ano praticamente todos os LMP1 híbridos tiveram algum problema mecânico e o Porsche vencedor no overall teve de remar muito (muito mesmo) para alcançar e impedir a improvável vitória do carro da Jackie Chan DC Racing…irão enfrentar a Toyota como únicos concorrentes híbridos…e as duas últimas edições mostram que os deuses de Le Mans não gostam muito dos japoneses…então…