O primeiro teste

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É… Alonso cada vez mais próximo do sonho de Le Mans (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

RIO DE JANEIRO – Durante a transmissão das 6h do Bahrein, confirmei via Twitter e depois a notícia pipocou no mundo inteiro: Fernando Alonso vai sim fazer um teste com o Toyota TS050 Hybrid – já neste ano, ou melhor, amanhã, no circuito de Sakhir.

O mais hilário é que ele ainda corre de McLaren Honda, pelo menos até a última corrida do campeonato da Fórmula 1, no próximo domingo, em Abu Dhabi. Mas como sua equipe na categoria máxima rompeu o compromisso com os orientais com vistas ao próximo ano, assinando com a Renault, o espanhol – que assistiu à corrida barenita do WEC a convite da família real (que tem inclusive uma participação efetiva no Grupo McLaren) – está autorizado por Zak Brown a tomar parte do teste de novatos programado após a última etapa do campeonato.

Aos 36 anos, Alonso não esconde de ninguém que o desejo dele é a Tríplice Coroa do automobilismo mundial, formada pelo GP de Mônaco (que ele já ganhou), pelas 500 Milhas de Indianápolis (já disputou uma e quer voltar em breve) e pelas 24 Horas de Le Mans – possivelmente Fernando terá o prazer de competir nesse evento, o mais tradicional do Endurance, em 2018. As negociações com a Toyota existem, ele fez a prova do assento em Colônia antes de viajar para o Brasil, justamente para o teste no Bahrein e há fontes de lá de dentro da equipe que dão como favas contadas a participação do bicampeão em Sarthe – com possibilidade de mais corridas do WEC, provavelmente outras três.

A estreia do piloto em caráter oficial nas provas longas será nas 24h de Daytona, prova que disputará com um Ligier JS P217 Gibson da United Autosports – com o qual ainda deve fazer um teste também antes do fim do ano. Amanhã, Alonso dividirá um dos dois carros do time com Mike Conway, piloto titular da marca e com a revelação da LMP2, o francês Thomas Laurent.

Veremos se é um Alonso que estará ali apenas para conhecer um carro e depois se adaptar a ele ou se, já de saída, vai virar tempo. Piloto bom – e Alonso é dos melhores do mundo, ainda – vira rápido em qualquer circunstância, em qualquer carro, mesmo os que não conhece de cor e salteado.

O WEC e Le Mans agradecem. E tomara que a Toyota não dê pra trás num ano em que os independentes estão vindo para tentar ser bons coadjuvantes de uma renascida LMP1.

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