O veneno dourado da Cascavel

RIO DE JANEIRO – Transmitida ano passado pelo Fox Sports, a Cascavel de Ouro será disputada no próximo fim de semana no Autódromo Zilmar Beux, com largada às 13h de Brasília – e dessa vez a emissora que terá o privilégio de mostrar uma das corridas mais tradicionais do país será o BandSports, com a narração do craque Luc Monteiro, comentários do Eduardo Homem de Mello e reportagens do Osires Júnior.

Mas eu não faço esse post apenas para convidar vocês, leitores e leitoras, a assistir à corrida. E sim para falar da lista – enorme – de inscritos. São 56 carros com 121 pilotos confirmados e o que não falta é fera na lista de entradas para a edição dos 50 anos do evento, cuja primeira edição aconteceu em 1967.

O maior vencedor em meio século de história e 30 provas disputadas é o piloto local Edgar Favarin, de boa passagem pela Fórmula Ford brasileira nos anos 1980 e também filho de piloto – Valdir Favarin. Foram seis as conquistas, a primeira em 1983 e a última em 2005 – e ele estará presente neste ano em busca do sétimo troféu, em dupla com Israel Favarin, num VW Gol. Antes dele, o ídolo Pedro Muffato, um dos maiores incentivadores do esporte na cidade, vencera em três ocasiões – duas delas com seu lendário protótipo Avallone Chrysler Divisão 4.

A Cascavel de Ouro também teve monopostos em busca do cobiçado troféu, que foi parar na prateleira de ninguém menos que Nelson Piquet, posteriormente tricampeão mundial de Fórmula 1. Então com 24 anos, Nelson venceu a corrida válida para o Brasileiro de Fórmula VW 1600 em 1976. Aroldo Bauermann ganhou a prova em 1982, quando o evento contou pontos como penúltima etapa do Brasileiro de Fórmula 2. E Constantino Júnior foi o campeão da prova em 1992, quando ela foi disputada como a última prova do Sul-Americano de Fórmula 3 – foi nesse dia, salvo engano, que Piquet finalmente recebeu seu troféu da vitória de 16 anos antes. O Luc pode muito bem vir aqui na área de comentários e me corrigir.

Agora, a corrida é disputada apenas pelos carros com motores de até 1,6 litro que têm sido vistos no evento desde 2014. Ano passado, Odair “Paraguay” dos Santos e Thiago Klein foram os grandes vencedores e estão em busca do bi com o carro #74.

Aliás, caso vençam novamente, Klein e “Paraguay” estarão aptos a fazer jus a uma premiação de R$ 100 mil. Nada mal, hein?

Aqui no blog do Luc, vocês podem ver todos os carros inscritos e os pilotos confirmados. Favor prestar atenção em alguns nomes. Vale a pena…

Comentários

  • Nada a corrigir, meu caro, apesar do atraso com que acabei vindo à área de comentários. Aliás, um dia para mim inesquecível, aquele 20 de dezembro de 1992. Eu havia acabado de ser promovido do arquivo de fotos a uma editoria do jornal “O Paraná”, a de automobilismo, e aquele evento foi minha primeira cobertura jornalística. O primeiro entrevistado da trajetória jornalística de um moleque de 15 anos perdido numa redação de jornal no interior do país foi logo um tricampeão de Fórmula 1. O troféu original tinha ido parar na estante de Gilberto “Giba” Magalhães, preparador do carro da vitória de Piquet em 1976. A foto de Piquet com a Cascavel de Ouro, horas depois de ganhar a corrida, está postada no perfil de Instagram “Cascavel de Ouro”. Abração.