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Do Bahrein a Aragón: em menos de dois dias, Fernando Alonso fez dois testes muito produtivos com os protótipos da Toyota e da United Autosports – por esta equipe, disputará as 24h de Daytona em janeiro

RIO DE JANEIRO – Fernando Alonso não se cansa de seus novos desafios. Quarenta e oito horas depois de completar mais de 600 km e 113 voltas a bordo do Toyota TS050 Hybrid do WEC no Bahrein, lá foi o bicampeão andar num outro Esporte-Protótipo, desta vez bem menos complexo que o carro japonês, mas não menos excitante.

O bicampeão treinou hoje no circuito Motorland Aragón, em Alcaniz, na Espanha, com o Ligier JS217 Gibson LMP2 da United Autosports – equipe que defenderá na próxima edição das 24 Horas de Daytona. O piloto teve a companhia de um de seus futuros parceiros, Phil Hanson. E foi assessorado pelo titular da máquina, o português Filipe Albuquerque, que é íntimo dos segredos do bólido desde a pré-temporada desse ano.

Alonso veio direto do Bahrein para a Espanha e percorreu um razoável número de voltas pelo circuito de Aragón – até porque Hanson também tinha que fazer seu trabalho de adaptação pelo menos à equipe, já que o carro o britânico conhece bem. Fernando deu 98 voltas, completando cerca de 493 km de treinos.

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Alonso completou 98 voltas no circuito Motorland Aragón e se mostrou bastante contente com o carro e com a equipe. “A atmosfera é maravilhosa”, celebrou

“Meu primeiro teste foi ótimo”, celebrou o piloto. “Temos pouco tempo entre hoje e Daytona, mas foi bom experimentar o carro pela primeira vez. Há muitas coisas a estudar, o carro tem bastante informações no painel e por isso foi importante fazer esse shakedown inicial para que eu pudesse aprender a máquina completamente. Estou feliz com tudo. O carro é bom, tudo correu muito bem e a equipe é fantástica. A atmosfera é maravilhosa, então o teste foi incrível. Mal posso esperar por Daytona!”, finalizou, exultante.

O diretor da equipe e sócio de Zak Brown na United Autosports, Richard Dean, ficou entusiasmado com o que viu.

“Tivemos um bom primeiro teste”, avaliou. “Não nos surpreendemos porque ele não demorou muito a se acostumar com o carro e principalmente com o circuito. Ele nunca havia guiado aqui”, lembra Dean. “Ele imediatamente chegou a tempos competitivos e começou a trabalhar compreendendo o carro e fazendo long runs e andando muito bem em ritmo de corrida – o que é impressionante”, disse.

Com piloto e equipe satisfeitos, o que mais ambas as partes poderiam querer?

Em dois dias longe da Fórmula 1 – e não esqueçamos que tem GP de Abu Dhabi encerrando a temporada 2017 neste domingo – Alonso provou que é um “racer”, no amplo e irrestrito sentido do termo. O Endurance mundial agradece penhoradamente que um cara como ele esteja descobrindo as boas coisas do esporte.

Comentários

  • Alonso é meio mala as vezes, mas merece todos os aplausos do mundo por estar furando a bolha na qual os pilotos da F1 vivem. Pelo andar da carruagem, o asturiano vai pilotar até o fim da vida e não deixará disciplina do esporte intocada.

  • Anotem ai: Se Alonso vencer Daytona ou, principalmente, Le Mans, e a McLaren não estiver minimamente competitiva na F1 ele mete um pé na “categoria máxima” e ingressará de vez no endurance…