No colo da Toyota
RIO DE JANEIRO – Parece que será mesmo dessa vez que a Toyota vai ganhar as 24h de Le Mans ou, mantendo o karma, o construtor japonês vai perder para si mesmo aquela que é a mais cristalina das oportunidades de quebra de um incômodo tabu. A marca entrou com carros próprios na disputa pela primeira vez em 1985 e, à exceção dos anos em que esteve ausente, foi vice-campeã em várias ocasiões – 1992, 1994, 1999, 2013 e 2016. Cinco vezes. Isso é de ferir o ego de qualquer mortal.
E sem a concorrência de outros construtores oficiais fica fácil apontar os carros #7 e #8 como francos favoritos, muito embora Le Mans seja como Indianápolis e Daytona em seus principais eventos do ano. É a pista que escolhe o vencedor, não necessariamente o melhor carro é o que vence. Pode até acontecer, mas os últimos triunfos da Porsche mostram que é Sarthe quem manda.
O novo EoT (Equivalence of Technology) para os protótipos LMP1 aumenta ainda mais essa certeza de que tudo está sendo colocado nas mãos da Toyota para que ela vença ennfim a clássica corrida francesa. Os não-oficiais terão que se sujeitar ao novo boletim que reduz ainda mais a performance das equipes Rebellion, Manor, ByKolles, SMP Racing e DragonSpeed em relação aos japoneses.
O fluxo de combustível dos não-híbridos baixará de 110 kg/h – números da prova da Bélgica – para 108 kg/h em Le Mans, enquanto a Toyota permanece com os mesmos 80 kg/h da Bélgica. Em números redondos, as equipes privadas terão 150 litros de combustível/hora a consumir contra 111 litros/hora dos Toyota TS050 Hybrid. Já está quase certo que os independentes terão 10 voltas por stint e os Toyota poderão percorrer uma volta a mais.
Entretanto, a tabela ainda não definiu quantos MJ/volta serão dispendidos de energia de combustível pelos carros não-oficiais, sabendo que a Toyota vai trabalhar com 124,9 MJ/volta, equivalentes a 34,69 kW/h por volta – só o ERS – de 402 HP de potência, na categoria 8 MJ, dá 2,22 kW/h. E também com 35,1 kg de combustível por stint, equivalentes a 48,75 litros – sendo que o tanque dos TS050 Hybrid tem capacidade limite de 51,6 litros.
É bom lembrar que um novo EoT pode ser publicado após o Journée Test. Mas não esperem muita coisa diferente do que se vê aqui neste post.
Daqui a pouco obrigam os LMP1 não HY a correrem de marcha ré.
Ah, se a Toyota quebrar outra vez…
E pode acontecer. Tudo pode acontecer em Le Mans.
Estarei lá e torcendo fervorosamente pra que isso aconteça! Go LMP1 non hybrid!
Rodrigo, vc quer alguma coisa de lá? Uma miniatura talvez…
Uma miniatura, no mínimo. Mas aceitaria mais… hahahaha…
Só entrar em contato comigo no e-mail desse post para dizer qual vc quer.
Vamos ver se com isso a Toyota finalmente consegue e vencer em Le Mans. Será um autêntico caso de “Vai ou Racha” para eles.
Absurdo e patético não são suficientes pra descreverem isso, sério, pelamordedeus, mais restrição AINDA aos LMP1 privados? Já nem disfarçam mais essa mãozona amiga pra Toyota?! Sério, não dá.
Torcerei com todas as minhas forças por uma quebra dos 2 Toyotas.
De preferência na primeira hora!
Por mais que uma vitória da Toyota seja histórica, levando em conta o azar que tiveram nos últimos anos, deixar de lado a esportividade e criar regras para garantir que uma equipe prevaleça na ponta é ridículo, mesmo que falhas mecânicas sejam a incógnita nessa conta.
Pois é, isso ainda não tira o brilho da categoria (minha opinião…), mas depõe contra sim. Contudo, nada – absolutamente nada – vai garantir o triunfo dos japoneses, que ano passado perderam os tres carros (os rivais tinham 2…) num espaço de 20 minutos se não me engano. Aliás, com tantos carros novos e a já tradicional falta de confiabilidade da Toyota para uma prova de 24h, acredito até mesmo numa vitória overall de um LMP2, mais que o ano passado.
Perderam dois em 20 minutos. O terceiro tinha tido problemas algumas horas antes, acho.
Vai que os Toyota quebram e a vitória cai no colo da ByKolles?
Nesse ano estou apostando numa zebra histórica para o Brasil: Rebellion vence com Bruno Senna a bordo.