Para quem não viu: DTM, rodada de Hockenheim

RIO DE JANEIRO – O Deutsche Tourenwagen Masters, que todos nós conhecemos pela sigla tradicional – DTM – inicia uma temporada decisiva para o futuro da competição. Com a saída já anunciada da Mercedes rumo às provas da Fórmula E, o certame de carros de turismo estuda meios de sobrevivência sem a marca da estrela de três pontas, o que deixaria Audi e BMW sozinhas e o grid – que já tem menos de 20 carros – cada vez menor.

Uma aproximação com a Volvo, que hoje pertence a um grupo chinês (Geely) está em estudos, mas carece de entendimento. O sonho, na verdade, é trazer de volta a Alfa Romeo. Mas quem, a esta altura do campeonato, vai convencer Sergio Marchionne e o grupo FIAT a investir em automobilismo com uma marca secundária da companhia?

Tampouco há sinais de um acordo com a GTA e a participação das marcas japonesas envolvidas no Super GT – o que acarretaria na mudança do regulamento técnico de uma ou de outra categoria.

Apesar do horizonte pouco positivo à frente, a ITR – cujo principal executivo é Gerhard Berger – trabalha para manter a competição atrativa e viva, inclusive com a realização de uma prova noturna, em pleno verão europeu, em Misano, na Itália. Muitas regras foram mexidas para 2018, especialmente o banimento dos lastros extras a cada prova, e o campeonato começa pelo menos mais interessante que no ano passado.

A prova disto foi a batalha épica pela vitória na prova #2 entre Timo Glock, da BMW e Gary Paffett, da Mercedes. Um negócio que mexeu tanto com o público quanto com Glock, que venceu a disputa e a corrida. O que provocou um desabafo visto, na ótica do Flavinho Gomes, como uma declaração de amor ao automobilismo.

E eu acrescentaria: com grande dose de razão e muito inconformismo. Diria mais: todo o final da prova #2 foi extraordinário e o público presente, com certeza, gostou muito.

Acompanhe os vídeos de tudo o que aconteceu no fim de semana de abertura, que teve a despedida de Mattias Ëkström da categoria e a participação do brasileiro Augusto Farfus, que abriu mão da prova do WEC para defender a BMW na rodada inicial do DTM.

Comentários

  • Muito bacana mesmo essa segunda prova, tirando o jogo de equipes é uma categoria bastante interessante, uma pena a Mercedes estar se retirando, eu acredito que a DTM devia utilizar o modelo do Super GT japonês e criar uma categoria europeia, misturando as disputas com carros GT3 – esses DTM são mais rápidos que os LMP2 -, poderiam atrair alguns fabricantes que a tempos não aparecem no cenário, como a Alfa Romeu, Opel, Maserati, Jaguar… seria bastante empolgante ao meu ver.