Imagem da semana

PATRESE-BARRICHELLO

RIO DE JANEIRO – Foto pesada toda vida. E de muito respeito que temos que ter por esses dois caras.

Sabem por que? Porque são dois dos recordistas longevos de GPs disputados na Fórmula 1 que ainda estão vivos. E nas pistas!

O Mister Mônaco Graham Hill fez 176 GPs até 1975, ano de sua aposentadoria e morte. O recorde permaneceu de pé até 1986, quando Jacques Laffite o igualou. O francês teria ultrapassado a marca, mas num acidente na largada do GP da Inglaterra, em Brands Hatch, quebrou a bacia e teve de se retirar do esporte, aos 42 anos.

Riccardo Patrese, o moço de macacão tricolor na foto e cabelos grisalhos, hoje com 64 anos de idade, superou Hill e Laffite em 1989. Chegou à casa de 256 GPs disputados quando decidiu se retirar da Fórmula 1 no fim de 1993.

Sua marca permaneceu imbatível por 15 longos anos, até que veio o moço à direita na foto e o quebrou: Rubens Barrichello, que já era piloto da Honda em 2008, superou a marca no Canadá após igualar o total de Riccardino em Mônaco. E até 2011, quando saiu da Fórmula 1 após o GP do Brasil, atingiu 323 corridas – recorde que poderá, eventualmente é claro, ser superado por um certo Fernando Alonso.

Isso se o espanhol quiser ficar na categoria nos próximos dois anos.

Somando o que Riccardo e Rubens disputaram na Fórmula 1, o total dá 579 GPs. É muita coisa. E não adianta virem com o discurso de ‘não ganharam nada’, porque é uma tremenda bobagem. Rubens não ficou tanto tempo na Ferrari à toa e a gente entende o porquê de ser tão respeitado lá fora – mais até do que na sua própria terra.

E Patrese era competente e rápido, ora bolas! Ninguém fica tanto tempo quanto ele ficou, numa época de carros tão velozes quanto inseguros e sobretudo com apenas duas ausências no currículo, ambas por situações distintas: em 1978 ele foi impedido de disputar o GP dos EUA-Leste em Watkins Glen por ter sido acusado de provocar o acidente fatal de Ronnie Peterson e em 1979, ele não largou no GP da Argentina por ter batido com Nelson Piquet no treino de aquecimento daquela corrida, dando lugar à René Arnoux, que não se classificara.

Por todos os motivos – e principalmente porque os dois voltam a acelerar na mesma pista (e logo Spa-Francorchamps!) depois de 25 anos, esta é a imagem da semana.

Ah! A foto foi roubartilhada do instagram do Riccardo Patrese, que sigo naquela rede social. Se quiserem, o endereço do veterano por lá é @patresewebsite.

Comentários

  • Na primeira vitória do Rubinho em 2000 quando ele cruzou a linha de chegada não foi somente a própria equipe Ferrari a comemorar o triunfo , mas equipe Arrows também foi comemorar como se alguém da equipe tivesse vencido.
    Incrível o respeito que ele tem lá fora.

    • Nossa. Me deu um arrepio ao ver essa foto. Na hora vi que era o Patrese, antes de ver o nome no macacão e de ler a matéria.
      E em 95% dos países do mundo, Rubinho já teria virado nome de rua, de viaduto, teria busto e competição em homenagem a ele. Mas na terra em que só tem valor quem levanta taça de campeão, dá no que dá.
      E ele também não é o melhor em auto-marketing.
      Qualquer dia será Massa a se divertir nessas máquinas. Isso é um elogio.

  • Não sei se é assim , não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e provavelmente , jamais terei , mas o Rubinho parece ser um cara muito bacana , do tipo que se senta pra conversar contigo e o papo vai longe………………..