Inalcançável

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Sete vitórias em oito corridas fazem de Felipe Drugovich o alvo de todos os rivais no Euroformula Open. Só que a vantagem do brasileiro é de 93 pontos e a segunda metade do campeonato só começa em setembro… (Foto: Fotospeedy)

RIO DE JANEIRO – Felipe Drugovich está impossível no Euroformula Open: o piloto brasileiro emplacou mais duas vitórias para a conta na temporada 2018. E caminha a largos passos para a repetição do que aconteceu em cinco dos últimos seis anos – a equipe italiana RP Motorsport deve, com exceção ao título de Leonardo Pulcini em 2016, fazer mais um campeão da categoria.

E se as dúvidas persistiam, elas foram quase dissipadas neste fim de semana no Hungaroring, quando o brasileiro conseguiu a pole na prova #1 e venceu de ponta a ponta e como fez o mesmo na segunda prova, disputada neste domingo, superando logo no pulo inicial o pole position, o holandês Bent Viscaal, da equipe Campos. Não houve ninguém capaz de parar Drugovich, que sai para as férias de verão com incríveis 204 pontos – em 216 possíveis, incluindo os 25 do primeiro lugar e os bônus por melhor volta em prova e pole position. São 93 de vantagem para o mais próximo (ou menos distante, como queiram) competidor.

A boa performance com dois pódios – fruto de dois segundos lugares – deu a Viscaal a vice-liderança do campeonato, já que o brasileiro Matheus Iorio não reeditou as atuações anteriores e teve como melhor resultado a quarta colocação neste sábado, o que lhe deixa agora com 105 pontos, enquanto o rival soma 111. O argentino Marcos Siebert passa a ser ameaça: ele é quarto colocado com 93 pontos, após os dois terceiros lugares do fim de semana.

Guilherme Samaia, que também é da RP Motorsport, estava próximo de Cameron Das na briga pelo 5º posto na tabela. Mas o piloto só fez um ponto, fruto de um 10º posto hoje, já que ontem foi vítima de um incidente logo no início e não terminou. Assim, segue em sexto, agora com 54 pontos. E Christian Hahn, que na primeira corrida foi vítima do próprio companheiro de equipe – o novato Lukas Dunner bateu no piloto do carro #12 quando contornavam a Curva 1 do circuito húngaro, conseguiu um razoável 7º posto. Com quatro top 10 em oito etapas, ele subiu para décimo na classificação, superando Aldo Festante e Petru Florescu – este nem tem corrido mais na categoria.

Por falar em correr e pilotos, o Euroformula Open não atravessa um momento favorável com relação a inscritos. Foram apenas 13 carros no Hungaroring, já que Jannes Fittje – nono do campeonato com 22 pontos – não competiu e o marroquino Michael Benayhia também não esteve presente. Tomara que em setembro, quando a temporada voltar, a situação da categoria melhore.

O título, meus caros, está encaminhado e será questão de dias ou corridas. Drugovich tem tudo para repetir Vítor Baptista e se tornar o segundo piloto do país a faturar o Euroformula Open.

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