Aretha Franklin, a Rainha do Soul

RIO DE JANEIRO – Num dia 16 de agosto como este de hoje, a música já perdeu no passado dois grandes monstros: ninguém menos que Elvis Presley e o mestre do Blues, Robert Johnson.

E chegou a vez da Rainha do Soul, Aretha Franklin.

A cantora de 76 anos estava gravemente doente. Tinha um câncer no pâncreas havia oito anos. Morreu nesta quinta-feira em Detroit, no estado de Michigan, deixando quatro filhos.

Aretha marcou época na música e no gênero do Soul e também do R&B (Rhythm & Blues). Com “Respect”, em 1967, foi catapultada ao estrelato. Tinha 25 anos quando explodiu nas paradas, com o auxílio luxuoso de uma das grandes gravadoras da época – a Atlantic Records, fundada por dois irmãos judeus, Nesuhi e Ahmet Ertegun, foi um estuário de som e fúria que não só abriu os horizontes da música para os artistas negros como também deu espaço ao blues do Cream e ao heavy rock do Led Zeppelin.

Mas a cantora nascida em Memphis, no Tennessee, tinha o chamado ‘algo mais’. Tanto que entrou para a história como a mulher mais bem-sucedida nas paradas da Billboard, com nada menos que 20 canções do gênero R&B como as mais tocadas – de um total de 100 que figuraram nas listas da publicação. Na lista “Hot 100”, das mais populares, Aretha esteve 77 vezes com 112 singles que figuraram nas paradas. É mole ou quer mais?

Uma dessas canções é “Think”, clássico de 1968 que Aretha regravaria numa versão pra lá de divertida do histórico filme “The Blues Brothers”, aqui conhecido como “Os irmãos cara-de-pau”. Em 1980, na cena do filme com John Belushi e Dan Aykroyd (os irmãos Jake e Elwood Blues), mais Matt “Guitar” Murphy e o saxofonista “Blue” Lou Marini, sem que muita gente se desse conta, a Rainha do Sul já falava de empoderamento (palavra da moda que, aliás, eu detesto).

Mas quem conhece o filme viu que não adiantou muito…

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