Endurance Brasil a caminho do Velo Città

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Nova atração do Endurance Brasil: o Aston Martin V12 Vantage GT3 finalmente estreia via MC Tubarão, com Sérgio e Guilherme Ribas. A corrida será no sábado, cedo, às 9h da manhã, no Velo Città

RIO DE JANEIRO – O Campeonato Brasileiro de Endurance (Endurance Brasil) volta à carga no próximo fim de semana após mais de 30 dias de intervalo. E novidades não faltam para a quarta etapa do calendário, marcada para 1º de setembro no Velo Città, em Mogi-Guaçu. O traçado localizado no interior de São Paulo volta a sediar uma prova da competição, com uma novidade e tanto: o horário de largada.

Já que nas edições anteriores dos 500 km de São Paulo (que contaram pontos para o campeonato) – evento inclusive que não será realizado em 2018 – as provas foram interrompidas antes do número de voltas previsto por falta de luz natural, desta vez o cronograma prevê a largada acontecendo às nove da manhã, com encerramento por volta de 13h.

Desta vez, não haverá problema de logística para ninguém e o horário final também ajuda para que todos possam curtir o resto do fim de semana ao lado de amigos e parentes. E muito menos com relação ao mau tempo: a previsão é de sol e calor nos dois dias de programação, algo em torno de 32º C. Preparem o protetor solar, pois!

Feito este nariz de cera, acrescento que a corrida tem tudo para ser sensacional. Rabisquei aqui uma prévia de inscritos que aponta um grid de mais de 30 carros. E entre as certezas, duas estreias – ambas na classe GT3, que vai encorpando a cada corrida.

O Aston Martin V12 Vantage GT3, tão aguardado, finalmente vai estrear: o carro foi encampado à já numerosa frota da MC Tubarão, da família Andrade de Campo Bom (RS). O bólido britânico será conduzido por Sérgio e Guilherme Ribas, depois de uma rápida passagem dos curitibanos pela Mottin Racing com uma Mercedes CLA 45 inscrita na classe GT4.

Guilherme Figuerôa importou uma segunda Mercedes-AMG GT3 e planeja estrear com ela no Velo Città com o numeral #8. Seu parceiro nesta prova deveria ser Alan Hellmeister, mas este atua como “coach” do piloto do Euroformula Open Christian Hahn, que corre neste fim de semana em Silverstone. Veremos se Hellmeister participa ou será substituído por outro piloto.

Os irmãos Fábio e Wagner Ebrahim treinaram com o Audi R8 LMS e também pretendem levá-lo para a 4ª etapa. Assim, o grid da divisão que teve quatro inscritos em Tarumã subiria para sete.

O líder Chico Longo vai recorrer novamente a Marcos Gomes para dividir o Lamborghini Huracán #19, já que Daniel Serra consta na relação de participantes do GT Open na Inglaterra. Chico soma 310 pontos após as três primeiras etapas, contra 275 de Xandy e Xandinho Negrão e 240 de Ricardo Maurício. Cabe lembrar que todos os pilotos têm a obrigatoriedade do descarte do seu pior resultado, valendo seis das sete corridas para efeito de pontuação. E que no Endurance Brasil a pontuação é progressiva: o máximo de pontos no Velo Città será de 130 para os vencedores.

Na classe GT4, o líder Henry Visconde defende a liderança a bordo de seu Audi R3 LMS TCR ao lado de novo parceiro: Arthur Caleffi substiturá Márcio Basso, que também vai competir no exterior neste fim de semana. Henry lidera com duas vitórias e 310 pontos – Sérgio Ribas, vice-líder até aqui, passa para a GT3 e não briga mais pelo título. Uma das atrações no Velo Città será o sensacional Dodge Challenger R/T novamente nas mãos de André Carrillo/Rodrigo Corbisier.

Entre os protótipos da classe P1, a dúvida é: quem conseguirá segurar os AJR Chevrolet V8, cada vez mais velozes, competitivos e numerosos? Há quatro construídos e não se sabe se todos estarão presentes em Mogi-Guaçu. Na prova de Tarumã, o carro conquistou sua primeira vitória em 2018 e é favorito a derrotar novamente todos os carros de sua divisão. Mesmo com os GTs conquistando destaque no Endurance Brasil, o grid da P1 consegue ser o mais numeroso de todo o plantel – contei aqui possíveis 12 inscritos e podemos ter até mais.

Após a 3ª etapa, Tiel Andrade/Júlio Martini lideram o campeonato com 285 pontos, contra 180 de Cacau Ricci/Fernando Poeta/Beto Giacomello. Jair e Duda Bana estão em terceiro lugar, à frente de outra dupla “familiar”, formada pelos sul-matogrossenses Nílson e José Roberto Ribeiro. Por conta da falta de confiabilidade do carro, Carlos Kray e David Muffato têm como único resultado a vitória no Tarumã, na última etapa.

A subclasse P2 tem boa batalha pela ponta da tabela: Henrique Assunção/Fernando Fortes/Emílio Padron lideram com 255 pontos, porém a dupla Paulo Sousa/Mauro Kern está próxima deles, com 230. Cali Crestani/Fernando Stédile poderiam estar mais próximos – mas não completaram em Tarumã por causa de uma batida – e seguem em terceiro na tabela com 190.

Por fim, na classe P3 os protótipos e pilotos da competente equipe gaúcha Motorcar têm feito um grande trabalho. Rafael e Gustavo Simon venceram duas vezes e lideram o campeonato com 310 pontos, bem à frente de “El Principe” Alejandro Cignetti, que correu as três provas iniciais em três carros diferentes. Gustavo Tomazini/Gustavo Frey seguem no jogo e não desistem, mesmo tendo 190 pontos de desvantagem em relação aos líderes.

Como o blogueiro aqui está ainda em processo de tratamento de uma sinusite crônica, não sei ainda se terei condições de saúde para estar presente. Caso consiga, já na sexta-feira espero estar em Mogi-Guaçu para trazer os detalhes de mais uma prova do Endurance Brasil. Do contrário, o blog dará à categoria o espaço que ela sempre merece.

Comentários

  • Rodrigo, sabe dizer como funciona para assistir? Vai ter visitação aos boxes? Se sim, em qual horário? A largada bem que poderia ser as 10 horas, vou ter que sair bem cedo de São Paulo para chegar a tempo.

    • Essa é uma pergunta importante, porque da última vez que tentei assistir a uma corrida no Velo Citta fui informado de que apenas a Stock monta a estrutura para receber público neste autódromo. Acho que é necessário entrar em contato com eles para saber. O “fale conosco” do site funciona, pelo menos.

      • Está havendo venda de ingressos para camarote, somente. Não existirá venda para arquibancadas, até porque esse tipo de estrutura será – como você mesmo disse – montada para a Stock, apenas.

      • Pena, já até peguei uma diaria em Mogi. Vou ter que curtir só a cidade então. Mancada dos organizadores fazer um evento clubinho fechado.

      • Rodrigo, nem sempre eles são obrigados a abrir pro público. É preciso que se entenda. A APE está fazendo esse evento em parceria com o Porsche Club, para rateio de custos.