Para quem não viu: Turismo Carretera, 1000 km de Buenos Aires

RIO DE JANEIRO – Nossos “hermanos” dão um show de competência na arte do “como fazer” em termos de automobilismo de consumo interno. A Argentina é um país com uma extensão territorial milhares de quilômetros inferior à nossa, mas os caras têm paixão, vontade e tesão pelo esporte a motor.

Eles vivem e respiram intensamente todas as categorias que vocês podem imaginar que existam, pelos quatro cantos daquele país, em mais de 30 autódromos espalhados por suas províncias numa área de 2,7 milhões de quilômetros quadrados. Vejam vocês: com quatro vezes mais área territorial, não conseguimos fazer um automobilismo decente e hoje os autódromos brasileiros minguam.

É por isso que o que os argentinos fazem tem que ser exaltado. Como isto aqui do vídeo abaixo: a etapa deste fim de semana do espetacular e tradicional campeonato Turismo Carretera – os 1000 km de Buenos Aires.

A nona etapa do campeonato – que já teve até Corrida do Milhão (de pesos, é verdade, mas teve) – foi disputada por nada mais, nada menos que 44 carros no Autódromo Oscar y Juan Gálvez, num frio de apenas seis graus centígrados.

Isso não afastou a “tuerca” que encheu as dependências do tradicional circuito e vibrou com a vitória do ídolo Agustín Canapino, que correu junto a Martín Ponte e Federico Alonso como pilotos convidados, sem direito a pontos. Já Canapino levou 90 e seu primeiro – e mais importante – triunfo em 2018 na categoria o deixa agora em 3º lugar na tabela com 283,5 pontos, atrás do vice-líder Facundo Ardusso e de Jonathan Castellano, que continua como o piloto que mais venceu – duas vezes – e que segue líder.

Confira todo o fim de semana do Turismo Carretera e os 1000 km de Buenos Aires nos vídeos abaixo. A próxima etapa será em Paraná, no circuito daquela cidade da Província de Entre Ríos, no dia 9 de setembro.

Comentários

  • Talvez o Rio Grande do Sul seja o único estado no Brasil em que o automobilismo se aproxime daquilo o que acontece na Argentina, pulsando de forma mais intensa. No resto do país o automobilismo sobrevive, a duras penas, graças à garra de uns poucos apaixonados.

    A proximidade geográfica com os “hermanos” pode ter contaminado a gauchada.

    Que bom.

  • A gente tira sarro dos argentinos, da economia deles, do valor do peso…. aí nossa principal categoria faz corridinhas de tiro curto para não gastar muito combustível, não usar muito pneu, nossa corrida mais importante da temporada tem 40 minutos e dois pits fake enquanto eles correm 1000KM com grid de uns 40 quarenta carros e uns 120 pilotos….

  • Parabéns Rodrigo por divulgar essa categoria que tem muito a ensinar ao Brasil. A Turismo Carretera Argentina é espetacular ! “La Máxima” e com muita tecnologia própria. Os carros chegando a 285km/h na freada da Horquilla. Muita organização, equilíbrio e competitividade. Aferições rigorosas que já assisti pessoalmente. Essa categoria nunca correu no Brasil e nem vão deixar correr porque estabeleceria referencias desagradáveis… A TC 2000 que muitos lembram está muito abaixo. Esses carros e pilotos treinam muito, participam de eliminatórias desde a sexta feira, a mídia divulga de forma estonteante e os inchas lotam os autódromos. É um case a nível mundial no automobilismo.

    • “Paulo Trevisan”, no sea ignorante… el Super TC2000 está considerado por la FIA y por la revista británica “Autosport” como la Segunda Mejor Categoría de Touring FIA despues del DTM alemán… en la carrera nocturna de Santa Fé se juntan hasta 90,000 personas en las tribunas… Rodrigo Mattar es testigo que la carrera hecha en las calles de Buenos Aires cerca del Obelisco (cuando Cacá Bueno llegó segundo y casi gana) hubo mas de 700,000 personas.. (setecientas mil)… los McDonald y Burger King estuvieron abiertos las 24 horas desde el viernes hasta el domingo para atender a toda esa gente… hagase un favor a usted mismo… no opine si no sabe y se evita el papelón de mostrar su enorme IGNORANCIA ..