Motocross das Nações: França é penta

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A história se repete: pelo quinto ano consecutivo, a França desbancou os países rivais e venceu o Motocross das Nações, a “Olimpíada das duas rodas”. O Brasil teve atuação destacada, depois de muito tempo fora das finais

RIO DE JANEIRO – A França é o país a ser batido no Motocross das Nações nos últimos anos e a hegemonia dos “galos” está mantida: pelo quinto ano consecutivo, os europeus da bandeira vermelha, branca e azul triunfaram contra outros 29 países no evento que celebrou seu 70º aniversário na pista de Redbud, no estado norte-americano de Michigan.

O traçado de 1,85 km de extensão foi castigado pelas chuvas, que fizeram do circuito um lamaçal. Repleta de curvas ao estilo ferradura, a pista revelou-se mais difícil ainda depois do mau tempo, que prejudicou as três baterias disputadas pelas categorias Open, MX2 e MXGP. O regulamento prevê a inscrição de três pilotos por time, cada um numa categoria, com esses pilotos disputando duas provas no fim de semana. A pontuação é por pontos ganhos ao contrário. Quem marcar menos, leva. São válidos cinco dos seis resultados e o pior é, portanto, descartado.

Entre os competidores tradicionais do MXON, estava o time brasileiro representado por Gustavo Pessoa, Enzo Lopes e Fábio Santos, em busca da melhor classificação do país no evento em muito tempo. Como curiosidade, a formação de um time B dos EUA via Porto Rico, com a presença do carismático e tresloucado Travis Pastrana, que com 35 anos de idade ainda continua acelerando em qualquer tipo de competição. Os anfitriões largaram para tentar o 23º título na história com Justin Barcia, Eli Tomac e Aaron Plessinger.

Mas a França tinha uma equipe de respeito com Gaultier Paulin, Jordi Tixier e Dylan Ferrandis, sem contar holandeses e belgas, que vêm discutindo recentemente os primeiros lugares. E o time holandês, com sólidas atuações de Jeffrey Herlings e Glen Coldenhoff, conseguiu resultados importantes e parecia que tudo caminhava bem. Só que os conterrâneos de Max Verstappen perderam o terceiro piloto – Calvin Vlaanderen não pôde disputar a final e isto limou os holandeses, porque o pior resultado (um 36º lugar) não pôde mais ser melhorado. Pouco adiantou ter vencido as três baterias.

Assim, a final contrapôs franceses e italianos, que tinham o “Pelé do Motocross” Toni Cairoli junto a um inspirado Alessandro Lupino e o bom Michele Cervellin. Aos pilotos da terra da bota, bastava completar a última prova na frente dos rivais que a hegemonia bleu-blanc-rouge teria tudo para ver seu fim. Mas Gaultier Paulin fez sua parte e chegou em 3º na prova que reuniu as classes Open e MXGP. Com 35 pontos, dois a menos que a Itália, a França chegou a um histórico pentacampeonato – é o sexto título do país na história.

A Holanda ficou mesmo com o 3º lugar do pódio, seguida por Austrália, Grã-Bretanha e pelos anfitriões do EUA, com a Bélgica num sétimo posto que não era esperado. Os pilotos brasileiros tiveram ótima performance – considerando a falta de intercâmbio do nosso motocross com o que se vê la fora, já que os três classificaram-se para as provas finais. Como efeito, o país chegou em 17º lugar, o melhor resultado no MXON desde 2010 – mas ainda um pouco longe do melhor desempenho, um 14º posto entre 2008/2009.

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