Talento sim, dinheiro não

20181012720101_MAAS_II

RIO DE JANEIRO – Bola absolutamente dentro da Williams para a temporada 2019 da Fórmula 1. A tradicional equipe britânica, hoje protagonizando talvez o pior momento de sua história em qualquer tempo, traz da Fórmula 2 aquele que deverá ser o novo campeão da categoria de acesso.

George Russell é um protegido da Mercedes e, defendendo a tradicional ART Grand Prix, conseguiu ter melhores performances que Lando Norris, incensado como favorito para este ano e – tudo indica – vencerá o campeonato em Abu Dhabi, no fim do próximo mês.

Antes de fechar o campeonato, o piloto assinou contrato para estrear na categoria máxima no próximo ano.

“É uma grande honra me juntar à equipe Williams, seu prestígio e herança. A F1 é meu sonho da vida toda. Desde assistir corridas quando era criança [até agora], a sensação é surreal em saber que eu vou estar no grid junto a pilotos que admiro há anos”, disse no anúncio.

Nascido em 15 de outubro de 1998, o garoto tem um currículo alentado no automobilismo. Ganhou a Fórmula 4 britânica em 2014 e veio na chamada “escadinha” num período de três temporadas apenas, primeiro com o 3º lugar no Campeonato Europeu de Fórmula 3, depois o título da GP3 Series e, na Fórmula 2, mais uma conquista a caminho. Apesar de ser um estreante em temporadas, George já tem quilometragem com alguns carros da Fórmula 1, tendo treinado com Mercedes e Force India.

Russell soube aproveitar o momento certo para preencher a lacuna deixada com a saída de Lance Stroll para a Force India. E a Williams se livra de pelo menos um problema. Difícil será a escolha do companheiro da jovem promessa. A equipe pode optar por um piloto com dinheiro – já que não há patrocínio – ou então escolher entre Robert Kubica e Esteban Ocon, que seria uma opção mais lógica em termos de talento.

Aliás, que a Fórmula 1 traga mais pilotos das divisões de base por talento. E não pela força da grana que ergue e destrói coisas belas.

Comentários