Vitória de Serra e Longo em corrida imprevisível do Endurance Brasil

44873790-2053089581379385-6225826004909162496-o_orig
Chico Longo e Daniel Serra (ao centro) comemoram a vitória neste sábado no Velopark (Foto: Endurance Brasil/Site Oficial)

RIO DE JANEIRO – Do jeito que o povo gosta: a 6ª e penúltima etapa do Endurance Brasil, disputada neste sábado de manhã no Velopark, foi uma das mais movimentadas de todo o campeonato. Para quem já imaginava uma corrida monótona por conta da curta extensão do traçado, o chove-para-chove-para registrado ao longo das três horas de disputa foi um fator crucial de estratégias.

E quem arriscou, se deu bem. A Via Italia-TMG, nem se fala: optaram por largar com Chico Longo, que teve muito mérito de ficar na pista e não ter problemas com o Lamborghini Huracán #19. Depois de cumprido seu turno, foi só entregar para Daniel Serra, com a missão de seguir na disputa com dois stints – e tentar buscar a vitória que vinha escapando nas últimas corridas.

Quem pensava diferente era a trinca do protótipo AJR Chevrolet V8 #88. Carlos Kray/Vicente Orige/David Muffato comandaram a corrida durante boa parte e foram os líderes nas parciais da primeira e segunda horas. Perto do fim, durante uma entrada de Safety Car, caíram para 2º atrás do Lambo que pegou a dianteira. De acordo com o relógio, faltava pouco tempo e poucas voltas também. Mas o carro quebrou pouco após a relargada, deixando o trio com um gosto amargo de derrota, uma vez que perderam não só a liderança na P1 como a chance de vencer na geral.

Com duas voltas de vantagem para o Porsche de Ricardo Maurício/Marcel Visconde, Serra e Longo só administraram nos instantes finais e conquistaram a terceira vitória do carro italiano em 2018 no Endurance Brasil. De forma provisória, Chico Longo também assumiu a liderança do campeonato na classe GT3, mas o piloto ainda terá o descarte obrigatório do pior resultado após a última etapa em Tarumã, para saber se poderá ser o campeão.

Vencedor da etapa passada em Santa Cruz do Sul, o AJR Honda K24 Turbo de César Ramos e Emílio Padron desta vez não conseguiu resistir e ficou fora da disputa após 120 voltas, terminando em 18º lugar. Com isto, a vitória na P1 foi do carro #117 guiado por Henrique Assunção/Marcelo Vianna/Fernando Ohashi – que normalmente se revezam em dois carros: só que o #75 da divisão P2 também quebrou e abandonou.

Mauro Kern/Paulo Sousa foram então os vencedores da P2 com o protótipo MRX Tubarão, completando a prova em sexto lugar na geral. Logo atrás, cruzaram os irmãos Gustavo e Rafael Simon, que com a vitória na P3 praticamente asseguraram o título da temporada 2018 na categoria deles. O Audi RS3 LMS TCR de Henry Visconde/Carlinhos de Andrade fechou em décimo-primeiro e faturou na divisão GT4.

A última etapa será em 17 de novembro, após o feriadão da Proclamação da República, em Tarumã. Só que teremos a decisão da Nascar no mesmo fim de semana. Senão o blogueiro certamente gostaria de estar por lá.

Resultado final das 3h do Velopark:

1. #19 Chico Longo/Daniel Serra
Lamborghini Huracán GT3 – categoria GT3
161 voltas em 3h00min29seg840

2. #70 Ricardo Maurício/Marcel Visconde
Porsche 911 GT3-R – categoria GT3
a 2 voltas

3. #117 Henrique Assunção/Marcelo Vianna/Fernando Ohashi
Protótipo AJR Chevrolet V8 – categoria P1
a 3 voltas

4. #88 Vicente Orige/Carlos Kray/David Muffato
Protótipo AJR Chevrolet V8 – categoria P1
a 6 voltas

5. #18 Beto Giacomello/Fernando Poeta/Cláudio Ricci
Protótipo MCR Grand-Am Lamborghini V10 – categoria P1
a 7 voltas

6. #32 Paulo Sousa/Mauro Kern
Protótipo MRX Tubarão Ford Duratec – categoria P2
a 16 voltas

7. #56 Rafael Simon/Gustavo Simon
Protótipo MRX Volkswagen 8V – categoria P3
a 18 voltas

8. #63 Guilherme Ribas/Sérgio Ribas
Aston Martin V12 Vantage GT3 – categoria GT3
a 19 voltas

9. #71 Ian Jepsen Ely/Daniel Claudino
Protótipo MCR Volkswagen Turbo – categoria P1
a 20 voltas

10. #43 Gustavo Frey/Gustavo Tomazini
Protótipo MRX Volkswagen 8V – categoria P3
a 21 voltas

Comentários

  • A corrida foi épica, e a prova que nossas impressões muitas vezes são apenas impressões mesmo. Também achava que a prova seria monótona, pela características do circuito, e, que bom, queimei a língua.

    A transmissão do Luc Monteiro, com os comentários do J.B. Rodrigues e as reportagens da Juliana Marques, é outro destaque. Descontraída, com boa informação, interagindo com a turma nas mídias sociais e sem frescuras na hora de brincar, de errar e de se corrigir sem medo.

    Uma pena que só tenhamos mais uma etapa em 2018. Fico na torcida para que o campeonato se expanda para outras praças, como Curvelo, Goiânia, Campo Grande e onde mais seja possível.