Farfus resiste em Macau e leva título do FIA GT World Cup

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Poucos brasileiros venceram em Macau antes de Augusto Farfus – apenas quatro. O piloto da BMW resistiu à pressão do exército Mercedes-GruppeM e conquistou o FIA GT World Cup neste domingo

RIO DE JANEIRO – Augusto Farfus faz parte da galeria de brasileiros campeões em Macau. Um clube seleto do qual fazem parte nomes como os de Roberto Pupo Moreno, Maurício Gugelmin e Ayrton Senna. O piloto de 35 anos torna-se o primeiro a vencer no Circuito da Guia fora do evento principal. Com a BMW M6 GT3, o curitibano triunfou neste domingo em mais uma edição do FIA GT World Cup, disputada neste ano por apenas 15 pilotos.

Pole position, Farfus tinha um desafio e tanto ao longo das 18 voltas de disputa: resistir à imensa pressão que viria da armada Mercedes-Benz, tendo como protagonistas dessa pressão o alemão Maro Engel e o ítalo-suíço Edo Mortara, que no passado já venceram no Circuito da Guia.

Augusto executou seu trabalho com perfeição. Numa pista de ultrapassagens quase impossíveis e cercado de lâminas de guard-rails por todos os lados, resistiu. E a potência do motor do bólido bávaro também foi um fator. Ele tinha velocidade suficiente para respirar nas longas retas e suportar o ataque dos adversários. Engel terminou a menos de um segundo do vencedor. Mortara fechou a quase dois segundos.

Earl Bamber fez bela apresentação com um dos Porsche alinhados pela Manthey e terminou na 4ª colocação, à frente do melhor Audi na pista, com o holandês Robin Frijns. Christopher Haase fechou os seis primeiros, seguido por Mathieu Jaminet, Dries Vanthoor, Raffaele Marciello (pole position nos treinos, é bom lembrar, e que saiu reto na curva Lisboa, na quinta volta da prova final) e Alexandre Imperatori.

Antes de subir ao pódio para receber o troféu da vitória e a indefectível coroa de louros – tradição que aqui não se apaga, ao contrário de outras categorias do automobilismo – Farfus dedicou o título do FIA GT World Cup a Charly Lamm, o chefão da escuderia Schnitzer que se aposenta após 40 anos de dedicação ao esporte.

“Ele (Augusto) foi irrrepreensível a cada segundo, e não se permitiu o mínimo erro possível. Esse foi de muitos, um dos melhores momentos de minha carreira de chefe de equipe”, exclamou Lamm.

Comentários

  • Nas tomadas da camera interna dava pra ter uma idéia da extrema concentração exigida dos pilotos. A prova de motos é uma insanidade numa pista sem nenhuma área de escape.