FIA publica regulamento dos Hypercars

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Linha de sucessão: os atuais LMP1 darão vez aos Hypercars no Mundial de Endurance. Enquanto o nome formal não é definido, os carros estão nomeados como “LMP” apenas no calhamaço publicado pela FIA nesta quarta-feira

RIO DE JANEIRO – Por ocasião da reunião da Assembleia Geral e do Conselho Mundial da FIA, que acontecem nesta semana na Rússia, a entidade máxima do desporto automobilístico publicou enfim o regulamento dos Hypercars para o Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC), a entrar em vigor a partir da temporada 2020/21.

Ainda sem um nome formal, os Hypercars são conhecidos por enquanto como “LMP”. Terão que ser construídos 25 carros, no mínimo, por cada fabricante interessado em ingressar na categoria, para o primeiro campeonato dentro do novo regulamento. Esse total sobe para 100, com vistas à temporada 2021/22. Lembrando que tais modelos têm que ser construídos e concebidos com os mesmos motores e sistemas híbridos com que irão para as pistas.

As regras estabelecem ainda que os sucessores dos atuais LMP1 serão carros mais largos, com motores a combustão dotados de sistemas ERS e potência somada e limitada em 950 HP. Os ERS debitarão algo em torno de 200 kW (268,2 HP) e terão limite de custo – € 3 milhões, um valor superior a 12 milhões de têmeres-golpistas, para o desenvolvimento dos mesmos.

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FIA e ACO preveem o uso de BoP com lastro no futuro regulamento Hypercars, se necessário

O comprimento máximo dos novos bólidos será de 5000 mm, com a largura máxima estabelecida de 2000 mm. O peso mínimo, anteriormente definido em 980 kg quando os primeiros detalhes do novo regulamento foram divulgados em junho último, sobe para 1040 kg. A meta é que os Hypercars ou “LMP” – como queiram chamar – façam tempos de volta ao redor de 3’20” em La Sarthe.

Partes móveis – hoje proibidas por regulamento na LMP1 – serão permitidas dentro das novas regras. Ajudas aerodinâmicas dianteiras e traseiras poderão ser usadas, porém serão executadas em duas posições diferentes e não poderão atuar ao mesmo tempo em diferentes configurações.

De concreto, até o momento, somente o interesse da Scuderia Cameron Glickenhaus em produzir carros conformes com o novo regulamento. Veremos agora, com o rule book publicado, quem mais vai entrar na festa.

Maiores detalhes AQUI.

Comentários

  • Desastre total a vista, ACO e FIA tentam voltar aos anos 60 com esse conjunto de regras. Pelo que entendi, o número de homologação se refere apenas ao powertrain, Rodrigo, e não ao carro como um todo. Sendo assim, poderá existir um Dallara-Toyota, por exemplo.

    Detalhe que as regras eliminam automaticamente a Glickenhaus do jeito que lea é hoje, será necessário um investimento altíssimo apara atingir esses níveis de produção, principalmente os da segunda temporada.

    Feliz pela IMSA não ter dado a mínima pra essa proposta.