GP às 10: o primeiro a gente não esquece

RIO DE JANEIRO – Salve pessoal! Hoje foi dia de estreia do blogueiro aqui no GP às 10 do GRANDE PRÊMIO.

E por que? Por causa disso aqui“La marmelada” dos hermanos argentinos para dar o título da Fórmula 3 sul-americana em 1993, 25 anos atrás, para Fernando Croceri. O Hélio Castroneves, que perdeu o título, deu um depoimento espetacular para este que vos escreve, via e-mail. E com riqueza de detalhes que vale a pena ler e relembrar essa página triste da história do automobilismo.

Comentários

  • Quase sempre aprontaram com os brasileiros nos mais variados esportes, a primeira vez que me lembro foi na copa de 78. Por isso vibrei ontem na derrota do River nos pênaltis. Falando de uma maneira geral eles se julgam superiores, mas há exceções claro.

  • Parabéns pelo vídeo, Rodrigo ! O interessante é que há uma entrevista com o Croceri no site nobres do grid em que ele dá a sua versão do ocorrido:

    “O rompimento, na verdade, começou no ano anterior, em 1992. Quando algumas pessoas procuraram criar meios para que um piloto brasileiro fosse levado para correr na Europa de qualquer maneira (Nota do site: Marcos Gueiros sagrou-se campeão em 1992). Em 1993, começou a acontecer novamente, para beneficiar outro piloto (Nota do site: o piloto em questão era Helio Castro Neves). Contestamos algumas decisões de comissários como em Londrina, onde ele bateu em todo mundo e não foi punido. Ele também trocou de equipe, de carro, coisa que não podia ser feita pelas regras do campeonato. É bom que as pessoas saibam que a categoria era uma categoria nascida na Argentina e que nós viemos ao Brasil e convidamos os brasileiros a participar, pilotos, equipes, procuramos criar regulamentos para colocar os carros em condições niveladas de competição. Voltando a 1993, houve até um caso que o Augusto Cesário, brasileiro, contestou a organização, de tão errada que as coisas estavam. O Toninho de Souza, que encontrei por aqui hoje conhece bem a estória toda. Ele pode te contar mais sobre o que aconteceu. Acabou que nós “aprendemos o que era o ‘jeitinho brasileiro’”, e decidimos que iríamos pagar na mesma moeda. Poderia ser eu ou outro que estivesse na frente, mas decidimos que iríamos ajudar um argentino a ser campeão. Em uma corrida em Goiânia, Helio bateu em mim nos treinos e foi punido. Ele veio no domingo pedir desculpas e só pode correr porque eu e a equipe fomos à direção de prova para dizer que estava tudo bem e desculpávamos ele pelo acidente. O que aconteceu na última corrida foi apenas a consequência de tudo que se passou durante o ano e ainda o ano anterior.”

    • Eu li essa entrevista. Realmente acho que o Croceri saiu muito magoado desse campeonato todo. Mas o Helinho é quem tinha que ficar mais incomodado porque perdeu o título da forma como perdeu.

  • Bom, regulamentos tem que serem seguidos (me desculpem o português se estiver errado, enfim) mas o que fizeram foi apenas uma forma de jogo de equipe, como a ferrari fez em 2002 na austria, como a mercedes fez na russia esse ano, ferrari de novo em interlagos em 2007 e xangai em 2008… no caso o que foi feito nessa época, foi uma patriotada sem vergonha

  • Me lembro vagamente do ocorrido. Esse ano foi uma espécie de Libertadores da América do automobilismo. Mas o desfecho foi uma pena porque o nível de disputa era auto. Os pilotos argentinos da época eram bons. Lembro de ver uma F3 em Jacarepaguá em 1989 com Gabriel Furlan e Cristian Fittipaldi disputando. Era páreo duríssimo. Deu Furlan naquele dia se não me engano. Isso com certeza ajudava os pilotos brasileiros a se desenvolverem mais e eles chegavam na Europa mais preparados.

  • Simplesmente, vamos abrir os livros de história do automobilismo e ver quem é Hélio e quem é Croceri e quais são seus feitos dentro das pistas….