Dakar 2019: Brabec ganha primeira perna da Maratona e assume ponta nas Motos

Brabec-Dakar
Ele prometeu atacar para buscar a ponta do Rali Dakar nas Motos: Ricky Brabec vai cumprindo e com louvor, com direito à vitória na primeira perna da Maratona (Foto: ASO/DPPI)

RIO DE JANEIRO (atualizado 23h10) – Ele prometeu atacar neste Rali Dakar em busca da vitória. E por enquanto, vem conseguindo brilhar em meio às feras sobre duas rodas: Ricky Brabec, piloto dos EUA nascido em San Bernardino, na Califórnia, vai se constituindo na principal figura da Honda em busca de um triunfo que o construtor japonês persegue faz 30 anos.

Com a moto de dorsal #15, Brabec assumiu a responsabilidade de liderar o HRC na competição mais difícil do off-road mundial após o abandono de Joan Barreda Bort, nesta quarta-feira. Consciente de que tem de fazer sua própria corrida sem se preocupar com os demais adversários, o ianque de 27 anos manteve um ótimo ritmo ao longo da primeira perna da Maratona – onde os pilotos precisam terminar sem qualquer auxílio técnico de sua retaguarda – e venceu a especial de 405 km realizada entre Arequipa e Moquegua – o ASO determinou um roteiro diferenciado para motos e quadriciclos, com direito a um neutralizado entre os quilômetros 55 e 146 – no tempo de 3h40min30seg.

Não obstante o triunfo, o norte-americano assumiu também a liderança geral pela primeira vez: o chileno Pablo Quintanilla, que abriu a trilha logo após o vencedor de ontem, Xavier De Soultrait, esteve em franca desvantagem a bordo de sua Husqvarna. Quem vem atrás consegue ter menos problemas de navegação e, consequentemente, imprimir um ritmo forte e consistente. Como efeito da ordem de largada, Quintanilla perdeu hoje 20min21seg e, consequentemente, a ponta no acumulado dos tempos.

À exceção do vencedor, poucos tiveram o que comemorar. O atual campeão Matthias Walkner perdeu 6min19seg e só avançou uma posição na tabela em relação a quarta-feira. Xavier De Soultrait, o vitorioso da 3ª especial, ficou a 23min10seg da ponta e despencou na classificação. Era o sexto na soma de tempos – caiu para nono.

De resto, cabe destacar que há pilotos de quatro marcas diferentes no top 5 geral: Brabec (Honda), Quintanilla (Husqvarna), Price e Sunderland (KTM) e Van Beveren (Yamaha). E o equilíbrio de forças, com os sete primeiros separados por menos de 10 minutos – o que para uma longa competição como o Rali Dakar é uma diferença muito pequena.

Único brasileiro que restou na competição entre os motociclistas, Antônio Lincoln Berrocal fechou a primeira parte da especial Maratona com o 107º tempo – 7h43min19seg. No acumulado, o estreante em Rali Dakar está em 113º entre cento e dezesseis competidores que estão ainda na disputa. Vale lembrar que ele já sofreu uma penalização de cinco horas e um minuto da direção de prova. Sem isso, poderia estar um pouco mais à frente.

Etapa #4 – Arequipa-Moquegua (Maratona)
Ligação: 106 km
Trecho cronometrado: 405 km
Total: 511 km

Resultado – motos:

1. #15 Ricky Brabec (Honda) – 3h40min30seg
2. #1 Matthias Walkner (KTM) – a 6min19seg
3. #3 Toby Price (KTM) – a 7min07seg
4. #14 Sam Sunderland (KTM) – a 11min35seg
5. #4 Adrien Van Beveren (Yamaha) – a 13min29seg
6. #2 Paulo Gonçalves (Honda) – a 13min36seg
7. #11 Stefan Svitko (KTM) – a 14min10seg
8. #10 Nacho Cornejo Florimo (Honda) – a 14min33seg
9. #47 Kevin Benavides (Honda) – a 15min40seg
10. #63 Lorenzo Santolino (Sherco TVS) – a 17min02seg

Classificação geral extra-oficial:

1. Ricky Brabec – 12h33min00seg
2. Pablo Quintanilla – a 2min19seg
3. Toby Price – a 4min22seg
4. Sam Sunderland – a 5min45seg
5. Adrien Van Beveren – a 8min56seg
6. Kevin Benavides – a 9min01seg
7. Matthias Walkner – a 9min31seg
8. Paulo Gonçalves – a 20min45seg
9. Xavier De Soultrait – a 22min00seg
10. Stefan Svitko – a 28min09seg

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