Dakar 2019: nos carros deu Toyota, enfim! Al-Attiyah, gigante, pela terceira vez!

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Cumprimentado por Giniel De Villiers, o primeiro piloto em quem a Toyota investiu para vencer o Rali Dakar, Nasser Al-Attiyah faturou o Rali Dakar pela terceira vez: a montadora quebra a escrita e ganha também a maior prova off-road do planeta (Foto: Eric Vargiolu/DPPI/Reprodução Grande Prêmio)

RIO DE JANEIRO – Uma escrita de mais de quatro décadas foi, enfim, quebrada. Uma das únicas marcas a investir pesado neste Rali Dakar na competição dos Carros, a Toyota alcançou o sonhado objetivo que perseguia há anos: pela primeira vez, o construtor japonês venceu a prova na classificação geral. Eles já tinham conquistas em subclasses, mas nunca haviam experimentado o gostinho de ver uma de suas picapes no topo do pódio.

E devem isso a Nasser Al-Attiyah e Matthieu Baumel. A dupla formada pelo catari de 48 anos de idade e pelo francês de 43 (completados hoje, inclusive), que correm juntos desde 2015, chega junta ao segundo título na prova – logo na estreia, quando ainda defendiam a Mini, foram vitoriosos. É o terceiro troféu de Al-Attiyah, vencedor também em 2011 compondo tripulação num Volkswagen Touareg junto a Timo Gottschalk. O que significa também que ele se junta a Stéphane Peterhansel como os únicos que venceram o Dakar com três construtores diferentes.

Líder do Dakar na geral desde a 3ª etapa, o piloto do Oriente Médio fechou a especial de hoje com prudência, em 12º lugar. Ele nem precisava se esforçar muito, já que a vantagem para Nani Roma era grande demais para ser descontada em 112 km de trecho cronometrado na última etapa, entre Pisco e Lima.

O vencedor do dia foi Carlos Sainz, que com o copiloto Lucas Cruz completou em 1h20min01seg, apenas quarenta e dois segundos melhor que Sébastien Loeb. A lenda do WRC fez um ótimo Dakar, talvez o melhor de todos que disputou até hoje, com quatro especiais ganhas e o 3º lugar na classificação geral final.

Um discretíssimo Cyril Despres foi apenas quinto e o melhor piloto com os Mini reservados ao “dream team” formado por ele, Sainz – 13º geral – e Peterhansel, forçado a abandonar na especial desta quarta-feira. Terminou atrás até do polonês Kuba Przygonski, que alcançou seu melhor resultado de sempre.

O sexto posto foi também excelente para o tcheco Martin Prokop, com um Ford. E o melhor sul-americano foi o chileno Boris Garafulic, que fechou a disputa em oitavo lugar.

Na classe T2, Christian Lavieille e Jean-Pierre Garcin ganharam também para a Toyota mais um título na competição dos modelos standard, sem preparação mecânica. Os gêmeos Tim e Tom Coronel levaram as honras na subclasse Open e na UTV Open, Dani Sola/Pedro Lopez Chaves foram os campeões.

A melhor dupla novata na competição foi do russo Denis Krotov e do ucraniano Dmytro Tsyro, que fecharam a disputa em 15º lugar, liderando o ranking de onze duplas novatas que concluíram o Rali Dakar. E a folclórica italiana Camelia Liparoti venceu na categoria feminina, em dupla com a mulher de Nani Roma, a espanhola Rosa Romero Font.

Ao todo, largaram 101 veículos em Lima, com 56 ao final da disputa nesta quinta-feira.

Etapa #10 – Pisco-Lima
Ligação: 247 km
Trecho cronometrado: 112 km
Total: 359 km

Resultado – Carros:

1. #300 Carlos Sainz/Lucas Cruz (Mini) – 1h20min01seg
2. #306 Sébastien Loeb/Daniel Elena (Peugeot) – a 42seg
3. #308 Cyril Despres/Jean-Paul Cottret (Mini) – a 2min31seg
4. #330 Benediktas Vanagas/Sebastian Rozwadowski (Toyota) – a 3min38seg
5. #303 Kuba Przygonski/Tom Colsoul (Mini) – a 3min41seg
6. #307 Nani Roma/Alex Haro Bravo (Mini) – a 4min16seg
7. #321 Boris Garafulic/Filipe Palmeiro (Mini) – a 5min53seg
8. #325 Pierre Lachaume/Jean-Michel Polato (Peugeot) – a 6min22seg
9. #319 Ronan Chabot/Gilles Pillot (Toyota) – a 7min13seg
10. #322 Nicolás Fuchs/Fernando Mussano (Proto) – a 8min13seg

Classificação final extra-oficial:

1. Al-Attiyah/Baumel – 34h38min14seg
2. Roma/Haro Bravo – a 46min42seg
3. Loeb/Elena – a 1h54min18seg
4. Przygonski/Colsoul – a 2h22min31seg
5. Despres/Cottret – a 2h48min43seg
6. Prokop/Tomanek – a 3h19min02seg
7. Al Rajhi/Gottschalk – a 4h30min56seg
8. Garafulic/Palmeiro – a 7h57min68seg (+1h de penalização)
9. De Villiers/Von Zitzewitz – a 7h59min16seg (+4min de penalização)
10. Chabot/Pillot – a 8h09min58seg (+4min de penalização)

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