Direto do túnel do tempo (428)

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RIO DE JANEIRO – Fim de semana de 24h de Daytona se aproximando e esta é uma prova clássica de Endurance que já teve pilotos do Brasil no Victory Lane, ganhando de presente um relógio Rolex com caixa de aço escovado.

O primeiro deles foi Raul Boesel, num Jaguar IMSA em 1988. Depois dele, Christian Fittipaldi venceu três vezes – com três carros diferentes, registre-se; Oswaldo Negri triunfou na prova dos 50 anos das 24h de Daytona, celebrados em 2012 e ainda vimos Tony Kanaan ganhar em 2015 e Pipo Derani tirando onda em 2016.

Neste ano, a equipe Via Itália tenta ser a primeira a ganhar a prova da Flórida, na divisão GTD – a mais concorrida, com 23 carros. O time paulista entrou na disputa com uma Ferrari inscrita com o prosaico número #13. Antes dela, a Stuttgart Sportscar já havia feito história pelo pioneirismo de representar o país com um time todo formado por brasileiros – de pilotos a mecânicos, passando por engenheiros e chefe de equipe.

Só podia ser coisa do Dener Pires, que em 1998 levou um Porsche 911 GT2 – este da foto – que foi guiado por Régis Schuch, André Lara Resende, Maurizio Sandro Sala e Flávio Trindade. Dos quatro, sem dúvida Salinha era o piloto mais credenciado, com disputas nas 24h de Le Mans, testes de Fórmula 1 e boas passagens por várias categorias internacionais do automobilismo.

A missão era terminar a longa maratona na melhor posição possível e assim foi feito: o Porsche #21 conseguiu um ótimo quarto lugar na categoria GT2 e a 21ª colocação geral, com 604 voltas percorridas.

Esse post é em memória do querido amigo Eduardo Regal, que acompanhou essa prova de perto – já que a Stuttgart na época era cliente da Exclusive, a agência de marketing na qual o Regal trabalhava e eu, aqui no Rio, ajudei a preparar o material de divulgação. No próximo dia 9, completa-se dois anos de seu trágico desaparecimento.

Tenho certeza que o Regal ficaria orgulhoso do que se tornou aquele aprendiz de jornalista, que começou lá pelos anos 1990 e chegou a duas décadas de carreira.

Há 21 anos, direto do túnel do tempo.

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