Bibi Ferreira, a Grande Dama

RIO DE JANEIRO – Cada dia é uma bordoada. São só 44 neste ano de 2019, ao qual faltam 321 para terminar.

Que termine rápido: hoje, 13 de fevereiro, Bibi Ferreira despediu-se de nós.

Quase um século de vida, mais de setenta de puro brilho nos palcos, onde se consagrou como a Grande Dama da arte cênica nacional.

Neta de palhaço e filha do mito Procópio Ferreira, um dos maiores atores e diretores do Brasil, Bibi fez história.

Foi brilhante atuando, ou dirigindo. Na televisão, foi apresentadora dos programas Brasil 60 (61, 62, etc…) que a extinta TV Excelsior apresentava ao vivo nos finais de semana. Nos palcos, foi a mais bonita encarnação que Edith Piaf, a dama da chanson francesa, poderia receber em vida. Foi premiada e consagrada, tanto atuando quanto dirigindo, já que esteve à frente das montagens de Brasileiro, Profissão Esperança Deus lhe pague, espetáculos que atraíram milhares de espectadores. Em shows e turnês, trabalhou com duas das mais espetaculares cantoras da história – Maria Bethânia e Clara Nunes.

Tive o privilégio de assistir Bibi em cena, já com mais de 90 anos – mas com a voz límpida, firme, incrível, cantando de Sinatra a “Rock Around The Clock”.

Abigail Izquierdo Ferreira era um monstro no palco. Mais um músico na orquestra, como também se dizia de Elis Regina.

Em homenagem a ela, o blog traz como clip da semana um pot-pourri de canções imortalizadas por Piaf que a nossa eterna Grande Dama dos Palcos interpretou em show realizado em Belo Horizonte, no ano de 2013.

Bravo, Bibi Ferreira! Bravíssimo!

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