Mais um ano de Pedro Piquet na Fórmula 3

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RIO DE JANEIRO – Sexto colocado no último campeonato da GP3 Series, que virou Fórmula 3 para 2019, Pedro Piquet optou por não dar um passo maior que a perna e preferiu a estabilidade: o piloto brasileiro segue na “nova” categoria – ele já conhece os pneus e o powerplant, e o novo carro, claro, do Shakedown feito recentemente em Magny-Cours.

E também a equipe: a italiana Trident o confirmou como um dos três nomes que defenderão a organização italiana na temporada que se inicia em Barcelona, na Espanha.

Pedro estará a bordo do carro com o dorsal #18. Seus companheiros de equipe serão o finlandês Niko Kari e o ítalo-canadense Devlin DeFrancesco – que a exemplo de Piquet, também estavam na GP3 Series ano passado.

“Estou muito motivado para mais um ano com a equipe Trident, com quem vencemos duas corridas no ano passado. A nova F3 promete ser um grande evento, com regulamento mais próximo da F1. Já conheço a maioria das pistas da temporada e espero novamente lutar por pódios e vitórias.”

O garoto de 20 anos não está mentindo: a configuração dos Dallara construídos para a Fórmula 3 aproxima ainda mais a categoria da Fórmula 1. Claro que existem as diferenças de performance, mas estar num campeonato que tem oito rodadas duplas preliminares da categoria máxima não é de se desprezar.

“Não há dúvida sobre o talento e potencial de Pedro”, diz o patrão Giacomo Ricci. “Estou muito feliz em vê-lo continuar sua busca por um lugar na Fórmula 1, com a Trident. A equipe fará todos os esforços para apoiá-lo e ajudá-lo a alcançar sua meta de carreira. Ele fará parte de um line-up extremamente competitivo que poderá escrever um novo capítulo em nossa história de sucesso neste campeonato. “

Com Piquet e DeFrancesco garantidos, sem contar o chinês Ye Yifei ocupando o último lugar disponível na Hitech Racing, faltam quatro cockpits a se ocupar para a temporada: a MP Motorsport ainda tem todos os lugares disponíveis e a Jenzer Motorsport segue sem definir o parceiro de Yuki Tsunoda e Artem Petrov.

Comentários

  • Mattar, o que você acha desse grid com 30 carros? Não é muito? Lembro do início da GP3, se não me engano com 28 carros, não demorou nada e o grid foi minguando, pq os derrotados são muito mais numerosos que os vencedores. O mesmo ocorreu na FIAF3 Europa em 2015

      • Essa é a questão de quantidade x qualidade. Na minha visão, poderia ter 40 carros, desde que fosse competitivo. Não gosto de mais que 2 carros por equipe, por exemplo. De novo, tomo como exemplo a F3 em 2015, que pela presença do Pietro e Sette Câmara acompanhei as corridas pelo YouTube. Tinha muito piloto ali sem a menor condição de ser competitivo, tanto por motivos de equipamento ou de habilidade mesmo. Além disso, a grande concentração de pilotos numa categoria canibaliza as demais

  • No meu ponto de vista esse rapaz ta demorando pra se adaptar,,,20 anos e mais um ano de formula 3,,,,posteriormente mais dois ou 3 anos de formula 2,,,se chegar a formula 1 sera com 23 ou 24 anos, meio tarde pro dias de hje,,mas carregamos a esperança devido esse sobrenome piquet.

    • Sem querer defender, até porque o Pedro não me pede procuração: mas na Fórmula 3 – a que o Mick Schumacher ganhou neste último ano – ele não se entendeu com os pneus Hankook. A coisa melhorou bem na GP3, porque a construção dos pneus Pirelli é muito semelhante aos da F3 Brasil, onde ele dominou. Então houve evolução e não demora na adaptação.

  • A quantidade de comentários já mostra a relevância do assunto. . .
    Respeitando o que o Rodrigo disse, estou de acordo com o Caio Murilo.
    Primeiro, porque aqui no Brasil, até eu dominava com o esquema que o “papis” montou. . .
    Segundo, já passou da hora de mostrar que é bom mesmo.
    Quando o cara é diferenciado, aparece na hora, não fica marcando passo na mesma categoria.
    Veja o Kimi, saiu da Renault e foi direto.
    Vários outros também brilharam logo de cara.
    E esse papo de pneu. . .
    Como é que um sujeito que almeja atingir a F1 não consegue se entender com a borracha?
    É monomarca, se é ruim, é para todo mundo, se é bom, idem.
    Mais algum reclamou, ou foi só ele?

    • Quando ele saiu da F3 Brasil para a Europeia, ainda estava muito verde. Sofreu um bocado por falta de experiência mesmo. Quando foi para a GP3 achei que não daria em nada, mas ele até me surpreendeu. Esse ano acho que será complicado, 30 pilotos, se não andar na frente terá a carreira no exterior incinerada.

  • Considerações a parte, Pedro está desde 2014 no mesmo nível (F3). Repete e reforça em muito o erro do irmão mais velho, que ficou quatro.

    Salvo algo muito improvável, vai dar em nada em termos de F1, ou grandes equipes de Indy, FE ou WEC, infelizmente