Mudanças para os LMP1 nas 6h de Spa-Francorchamps

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Os protótipos LMP1 não-híbridos como este da foto, o BR01 AER Biturbo da SMP Racing, não terão limite de consumo de combustível nas 6h de Spa-Francorchamps, para tentar reduzir o abismo que os separa dos Toyota

RIO DE JANEIRO – Às vésperas da disputa das 6h de Spa-Francorchamps, penúltima etapa da Super Season 2018/19 do Mundial de Endurance, o Comitê FIA da modalidade, presidido por Monsieur Richard Mille, apresenta mudanças importantes na chamada Equivalence of Technology (EoT).

Os LMP1 não-oficiais – leia-se os BR01 das equipes SMP Racing e DragonSpeed, o ENSO CLM P1/01 da ByKolles e o Rebellion R-One – têm uma novidade para tentar diminuir a diferença em relação aos Toyota TS050 Hybrid, dominantes em todas as provas do campeonato.

A quantidade de combustível para todos esses carros será ilimitada. Isso significa que as equipes não precisarão economizar no consumo de gasolina para poder tentar reduzir a vantagem dos protótipos japoneses – que terão ainda seu fluxo de combustível limitado a 71,3 MJ/volta – equivalentes a 19,805 kW/h por volta.

Outra mudança no boletim do EoT diz respeito ao peso mínimo dos protótipos não-oficiais com motores aspirados: o peso foi aumentado em seis quilos com relação às 1000 Milhas de Sebring. Os carros de Rebellion, DragonSpeed e ByKolles vão para a Bélgica com 824 kg de peso mínimo, ainda sem gasolina nos tanques, piloto a bordo e câmeras para a transmissão de televisão.

A Rebellion Racing traz também uma novidade técnica: o time do brasileiro Bruno Senna estreia um kit de baixo arrasto aerodinâmico. Esse pacote não foi implementado nas primeiras provas da Super Season e será introduzido em Spa e Le Mans. A equipe fez testes positivos com a nova asa e a nova dianteira no circuito espanhol de Aragão. Já a ByKolles estreia no próximo sábado o motor Gibson V8 em substituição ao Nissan XP30 V6 Biturbo, que foi considerado muito pouco confiável.

Comentários

  • Estou começando a desanimar com o WEC.. sempre essa falta de competitividade quando se tem equipe de fábrica envolvida. Parece que fica “forcado” para a Toyota perder uma corrida para equipe privada por falta de outra marca oficial para fazer frente. Pelo menos no Wheathertech se vê corrida de verdade com emoção.

  • Tomara que a mudança não tenha vindo tarde porque os independentes devem estar arrependidos de terem entrado na brincadeira, os caras tem carros menos potentes e ainda tinham limite de combustível, era um absurdo, ano passado nas vesperas de Le Mans limitaram os LMP1 não hibridos a fazerem uma volta a menos por abastecimento, é um tiro na nuca dos caras! Acho que esta mudança atual foi acertada , embora os americanos já anunciaram que não correm , a Dragonspeed não corre com seu LMP1 em Spa.

  • Atualmente a WEC LMP1 é totalmente previsível. Uma pena. A Toyota só perde para ela mesma. Inexiste disputa. Triste. Tomara que os novos regulamentos da WEC sejam mais adequados. Na LMP 2 as disputas são bem interessantes.