Laranja mecânica

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RIO DE JANEIRO – Trinta e cinco anos após ser limado do calendário, o GP da Holanda está de volta em 2020.

A Fórmula 1, ou melhor, o grupo Liberty Media, que detém o controle da categoria, oficializou a volta do simpático país europeu ao circuito de corridas – efeito da “Verstappenmania” que toma conta de várias pistas do mundo inteiro.

E a pista escolhida será uma das mais tradicionais: Zandvoort.

Com localização próxima a uma região de dunas e praias, Zandvoort recebeu todas as 30 edições do GP da Holanda realizadas entre 1952 e 1985. Na última versão em que a categoria correu por lá, o traçado tinha 4,252 km de extensão e era mais rápido – e ligeiramente menor que o atual.

Hoje, Zandvoort tem 4,307 km e 14 curvas por conta de sua última reforma (a pista inclusive chegou a ter muito menos do que isso nos anos 1990) e um dos pontos altos continua a ser a curva Tarzan, quase uma miniparabólica com relevê, logo após a reta dos boxes – essa sim bem curta para os padrões atuais, com 678 m de extensão.

“Desde o início de nossa administração na Fórmula 1, dissemos que queríamos competir em novos locais, respeitando as raízes do esporte na Europa”, comentou Chase Carey, CEO do grupo Liberty Media, à Autosport inglesa. “E estamos satisfeitos em anunciar que, 35 anos depois, a categoria volta a Holanda, na pista de Zandvoort.”

“Nos últimos anos vimos um ressurgimento do interesse pela categoria naquele país, principalmente pelo apoio entusiasta dos torcedores a Max Verstappen, haja visto o mar laranja em várias corridas. Sem dúvida, será a cor dominante nas arquibancadas ano que vem”, afiançou o executivo.

“Acho que com a popularidade de Verstappen, será um grande evento”, comentou o chefe de equipe da Red Bull Christian Horner. “É muito positivo para a Fórmula 1”, completa.

Para o telespectador brasileiro ter uma ideia de como está Zandvoort, basta acompanhar no próximo sábado e domingo a quarta rodada tripla do FIA WTCR, que será disputada por lá.

O único senão na volta da Holanda é que, se existe o objetivo de incluir o país no calendário na vaga da Espanha, que o Liberty Media coloque a data mais pra frente, próxima com a Bélgica. Nessa época do ano, o clima não é favorável por lá, mesmo sendo primavera. As médias de temperatura em Zandvoort costumam ser em torno de 12ºC. Com vento litorâneo, então…

Comentários

  • Rodrigo, até penso que a Formula 1 merece voltar as raízes, com circuitos históricos, como Zandvoort, mas não se trata de um circuito travado? Quanto a segurança, é necessária muitas mudanças?

  • Trocam um circuito bem ruim (Barcelona) por Zandvoort, que é horrível. Vai ser dureza, só de lembrar a F3 correndo lá já dá pra imaginar a procissão

  • Estão criticando o circuito, dizendo que ele é, estreito, não tem pontos de ultrapassagens, mas eu prefiro o retorno de um circuito clássico ao calendário da F1, na Europa, do que a introdução de um “Tilkódromo” para correr no meio da Ásia ou no Oriente Médio.