Vitória para a história

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Billy Monger nos dá mais uma lição valiosa ao conquistar o lendário GP de Pau, válido pelo EF Open: jamais teremos o direito de subestimar suas capacidades, porque para ele o impossível não existe

RIO DE JANEIRO –  O dia 19 de maio de 2019 nos traz mais uma lição para a vida e para o automobilismo mundial.

Nota mental: jamais subestimar a capacidade de ninguém dentro de um cockpit. Muito menos quem perdeu as duas pernas num acidente. Billy Monger nos mostrou que absolutamente tudo é possível dentro do esporte.

Tudo porque o britânico superou as armadilhas da chuva e do difícil circuito urbano de Pau para marcar seu nome na história. Ele venceu neste domingo a prova #2 da segunda rodada do Euroformula Open, na qual foi disputada mais uma edição do tradicional Grande Prêmio de Pau, hoje disputado por monopostos do tipo Fórmula 3 e realizado em sua 78ª edição.

O garoto largou da 11ª colocação para ultrapassar quase o grid inteiro – 15 carros passaram na primeira volta – depois de trocar os pneus slicks para os compostos de pista molhada, apostando que a chuva permaneceria durante toda a disputa no circuito de 2,760 km de extensão.

A aposta se pagou e rendeu muito mais dividendos a partir do acidente que eliminou os pilotos Julian Hanses e Liam Lawson, ambos da Motopark (imaginem se não fossem colegas de equipe), na 15ª volta.

A corrida se encerrou no tempo limite de 35 minutos, mais uma volta – com três giros a menos que o total limite determinado pela organização do EF Open. Monger venceu com 1″121 de vantagem para o dinamarquês Nikolaj Kjaergaard, com o japonês Yuki Tsunoda completando o pódio.

Christian Hahn completou o GP de Pau em quinto lugar com mais um carro da Carlin, enquanto Guilherme Samaia, da Teo Martín Motorsport, foi o nono.

Na véspera, a Motopark, que dominara por inteiro a rodada dupla de Paul Ricard, monopolizou o pódio: vitória fácil de Liam Lawson com 16 segundos de vantagem sobre Julian Hanses, com Marino Sato em terceiro. Samaia foi o único brasileiro que concluiu a disputa de sábado, no 10º posto.

E parabéns – mesmo – a Billy Monger. Ele nos mostra e nos prova que impossível é uma palavra que não existe em seu vocabulário de piloto de competição.

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