GP às 10: não foi por falta de aviso…

RIO DE JANEIRO – Mais um GP às 10 que saiu do forno ontem, meio de improviso – mas levantando a bola para um assunto pertinente: a questão da escolha dos Hipercarros para a categoria principal do WEC em detrimento da opção pelos DPi (Daytona Prototype International), igualzinho à IMSA, nos EUA.

E bem que Wayne Taylor avisou que não daria certo. Conversei com ele em Le Mans e, das vozes que foram ouvidas acerca do novo regulamento, ele foi a mais contundente. Talvez porque defendesse seus próprios interesses, mas quando você assiste à debandada de três equipes da LMP1 por diferentes motivos para a temporada 2019/20 – tendo a da SMP Racing acontecido ontem, após a divulgação da lista de inscritos para o campeonato que se inicia em dois meses, o dirigente não deixa de ter um pouco de razão.

Assistam e comentem aqui no blog.

Comentários

  • Mas em 19/20 ainda será usado o regulamento atual, por que a alteração para o regulamento de hypercars está ligada com a saída dessas equipes? Na minha opinião, o Wayne Taylor está defendendo o dele com o que ele diz sobre o regulamento norte-americano.

    Um ponto que me chamou a atenção é o fato de todo mundo só ficar falando de Aston Martin e Toyota, mas outras fabricantes também confirmaram que vão participar da nova LMP1, como a Glickenhaus. Qual seria a possível razão para isso estar sendo ignorado?

  • Digo desde quando a ideia foi apresentanda, disse na apresentação oficial e continuo batendo na mesma tecla: Regulamento bisonho, apelo a um conceito de 50 anos atrás e saudade dos anos 90 por gente que não o viveu.

    Os hipers vão naufragar bonito e FIA e a ACO terão que engolir os DPi com toda a vergonha possível.

  • Rodrigo. Quem acompanhou as tratativas da FIA/ACO durante o ano já poderia saber do que poderia acontecer e aconteceu. “Tragédia anunciada “. Simples assim . E de novo insisto na soberba dos europeus (franceses), em relação á IMSA, que também tem questões de regulamento ruins, mas que estão aí! Uma pena para quem é um apaixonado por Protótipos e que tem recordações das décadas de ouro dessa categoria. Uma pena!

  • Agora é tarde , vai ser assim mesmo, novos tempos, tempos de carros equalizados , ou seja, não adianta investir muito , não adianta voce ser o projetista mais criativo e talentoso , por fim , todos não poderão andar mais que o pior carro.

    Estes são os novos tempos, creio que novas fabricas podem sim abraçar a causa , artificialidade .

    Bom pra quem tá totalmente por fora do assunto, talvez seja isso mesmo o melhor, parar de se informar e viver o faz de conta.

  • Caríssimo Rodrigo, em primeiro lugar o Visão Fox das 24 Horas de Le Mans ficou excelente, parabéns! E sim, Taylor avisou, e o resultado lamentável é esse. Tudo indica que os custos subirão a níveis ainda mais altos, e tenho para mim que, no regulamento dos tais hipercarros, a Aston Martin não terá a menor chance contra a Toyota. Acho interessante que as regras aprovadas não ditam o que se fará com a produção das unidades extras (20, correto?). Serão usadas por equipes privadas? Bons tempos em que a Porsche sustentava o Grupo C com os modelos 956 e 962, e que foram os mais atingidos pela estúpida mudança de regulamento anunciada em 1990. Ódio eterno a Mosley e Ecclestone! Sou totalmente favorável e fã desde sempre dos protótipos, os chassis estão aí disponíveis e qualquer construtor pode prover seu motor para as equipes. Com os famigerados hipercarros, qual construtor terá o cacife para bancá-los? Finalmente, considero altamente provável que o ACO, diante do mais que provável fiasco da nova categoria, em breve retire as 24 Horas de Le Mans do campeonato, seguindo com um regulamento próprio, como já aconteceu no passado.