Direto do túnel do tempo (455)

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RIO DE JANEIRO – Antonio Giovinazzi, como já dito no post sobre o GP de Singapura de Fórmula 1, recolocou a Alfa Romeo num ranking histórico em que pouquíssimos construtores têm figurado nos últimos cinco anos. A marca do Quadrifoglio, que hoje está na estrutura técnica concebida em Hinwil (Suíça) por Peter Sauber, conseguiu a liderança da corrida deste domingo por quatro voltas.

Feito que fora alcançado pela última vez antes pelo carro e piloto da foto.

Andrea de Cesaris, a bordo do modelo Alfa Romeo 183 T desenhado por Gérard Ducarouge e Mario Tolentino, comandou o início do GP da Bélgica de 1983, na volta do circuito de Spa-Francorchamps ao calendário após 13 anos.

Terceiro do grid, o tresloucado italiano conseguiu a façanha de duas largadas espetaculares naquela oportunidade. Digo duas, porque a primeira largada foi cancelada por conta de problemas primeiro com Marc Surer e depois com Jacques Laffite e Elio de Angelis – todos movendo os braços porque não conseguiam fazer seus carros pegarem.

Andrea, que podia ser alucinado – mas que de bobo e lento não tinha absolutamente nada – liderou as primeiras 18 voltas da corrida. Um pit stop muito mais longo (25 segundos) que o previsto o deixou em 6º lugar. Mas ele nem se vexou: com um carro muito rápido, de Cesaris escalou o pelotão.

Ganhou as posições de Eddie Cheever, Patrick Tambay e Nelson Piquet. E já estava à caça do líder, Alain Prost, quando o motor V8 turbo de seu carro estourou na 26ª volta.

Um resultado injusto: o italiano, quem sabe, poderia ter conquistado ali a sua primeira vitória na Fórmula 1, após uma performance impecável – sem nenhum erro, coisa rara em sua carreira.

Lá mesmo em Spa, ele repetiria com outro improvável carro uma grande performance. Mas essa já é outra história.

Há 36 anos, direto do túnel do tempo.

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