O terceiro Hypercar

Glickenhaus-Hypercar-renders-2019-1

RIO DE JANEIRO – Após Toyota e Aston Martin confirmarem participação no Mundial de Endurance (FIA WEC) dentro da regulamentação técnica dos Hipercarros, agora foi a vez da Scuderia Cameron Glickenhaus apresentar o que se chama de “render” daquele que deve ser o terceiro projeto com vistas ao campeonato de 2020/21.

O protótipo SCG007 será construído na Itália pela Podium e terá motor biturbo V6 com três litros de capacidade cúbica, de um fornecedor ainda não anunciado.

Porém, não se surpreendam se esse fornecedor for a Alfa Romeo.

O design do SCG007, nesse “render”, inclusive é muito parecido com o visual das Alfa Romeo T33/3 que um dia competiram nas provas do World SportsCar Championship.

A opção por não usar sistemas híbridos – assim como a Aston Martin pretende fazer com seu Valkyrie – abriu a possibilidade da Scuderia Cameron Glickenhaus usar um motor duplo turbo com potência estimada em 750 cavalos, embora no início do ano James Glickenhaus admitisse a possibilidade de se instalar um sistema KERS em seu carro.

“Estamos usando tudo o que aprendemos em 003 (o carro que freqüentou Nürburgring), que agora está entrando no 004 (um novo modelo de especificação GT3 / GT2), que se tornará parte do 007”, disse ele na primavera.

Para o SCG007 ser apto a receber a homologação da FIA, terão que ser construídas unidades de rua dentro das exigências do regulamento.

Os Hipercarros já têm dois construtores, um terceiro a caminho e podem vir outros: a ByKolles estuda voltar à categoria principal com um protótipo baseado em seu LMP1 e até a Brabham, que tinha inicialmente planos de levar seu BT62 à categoria LMGTE-PRO, está analisando os novos regulamentos.

Comentários

  • Só consigo ver a palavra ingenuidade escrita por todo o carro, um design retrô ao máximo, quase na mesma toda dos recentes Ecurie Ecosse e De Tomaso apresentados. A asa traseira chega a ser engraçada de tão defasada.

    Se mesmo a Aston Martin corre o seríssimo risco de levar muito tempo da Toyota sem usar sistema híbrido, imagina o Glickenhaus, claramente pensado no aspecto visual e não no funcional. Sim, sei que existirá BOP e mais alguns estratagemas, mas convenhamos, a disputa será radicalmente desigual e as chances da construtora japonesa ter vida ainda mais fácil é gigantesca, isso se acabar não correndo sozinha.

    Detalhe que o carro americano só fica pronto em junho de 2020, enquanto o dos japoneses já tem sido testado.

    Voltando a Aston, é também de se temer pela inscrição da montadora inglesa, que anda com problemas gravíssimos de fluxo de caixa.

  • Logo no seu primeiro Post após a oficialização dos Hipercars pela ACO, eu já havia falado em um comentário sobre a Scuderia Cameron Glickenhaus ser o “terceiro elemento”
    Acredito que o V6 Biturbo que usarão poderá ser o Honda, o mesmo que equipava o protótipo DPi do Ozz Negri no IMSA, isso se ele não optar pelo KERS.

  • Bom que tenhamos um terceiro fabricante na classe, mas algo que ainda nao consigo entender é fazerem um regulamento em que a classe considerada a principal do grid nao seja a mais rapida da pista. Não parece muito atrativo à montadoras investir em esquemas que nao disputem diretamente uma vitoria overall…

    • Os carros deverão passar por BoP e os motores sofrerão alteração de potência. Acho difícil que algo mude na capacidade cúbica. Esses motores são potentes e muito confiáveis.