9h de Kyalami: lista fechada com 28 carros

De volta ao cenário internacional: sábado, no circuito de Kyalami, haverá a última etapa do Intercontinental GT Challenge com presença maciça de pilotos locais e de três brasileiros. O blog transmitirá treinos classificatórios e corrida AO VIVO

RIO DE JANEIRO – O ano do automobilismo internacional está longe de terminar. Pelo contrário: tem campeonato bienal que vai comer solto até dezembro (e daí vai direto em 2020) e muitos ainda por serem decididos.

Um deles  é o Intercontinental GT Challenge, que ressurge as 9h de Kyalami como última etapa da competição, a ser disputada no próximo sábado.

A tradicional pista sul-africana, remodelada para receber dois GPs de Fórmula 1 nos anos 1990, retorna ao cenário do Endurance. Em tempos de antanho, houve diversas provas do World SportsCar Championship por lá, mesmo em tempos de apartheid.

Da programação, que começa na quinta-feira com testes pagos e uma prática noturna – já que a corrida terminará às 22h locais sob a luz dos faróis, estarão participando 28 carros – eram 30 na primeira listagem.

As desistências vêm da Rinaldi Racing, que não terá sua segunda Ferrari, que seria inscrita com o dorsal #333 e da SunEnergy 1 Racing – que pena!, não teremos mais Bernd Schneider na prova sul-africana…

Para o torcedor local, há um expressivo número de pilotos do pais-sede das 9h de Kyalami. Serão nada menos que dezesseis. Os destaques são os irmãos Sheldon e Kelvin Van der Linde, além de Jordan Pepper. David Perel, que está inscrito na Ferrari #22 da Rinaldi Racing, não é um piloto considerado de ponta, mas tem boa experiência em Grã-Turismo.

Pepper é piloto oficial da Bentley coim a equipe M-Sport e Kelvin defende a Audi. Sheldon estará na BMW #42 da equipe Schnitzer, a mesma que foi conduzida por Augusto Farfus e Martin Tomczyk na temporada completa do IGTC.

Aliás, Farfus não estará sozinho em matéria de Brasil na última etapa do campeonato. Além dele, Rodrigo Baptista fora confirmado pela equipe Bentley M-Sport por conta de seu ótimo trabalho nos EUA com a K-PAX Racing e agora surge o nome de João Paulo de Oliveira com a equipe KCMG.

Por conta do compromisso de Tsugio Matsuda na prova Fuji Dream Race no mesmo fim de semana – o japonês é companheiro de Ronnie Quintarelli – João Paulo foi convocado para dividir o carro #35 do time de Hong Kong com Katsumasa Chiyo e Josh Burdon.

O “Oribeira” não é um estranho no ninho na equipe. Ele também foi inscrito pelo time de Paul Ip nas 24h de Nürburgring neste ano. E digo o seguinte: se existe um piloto brasileiro que merece um dia correr em Le Mans, esse é o João Paulo. E não é puxa-saquismo. É competência. É um excelente piloto.

Dos 28 carros, 19 vão lutar pelos pontos do IGTC, cuja classificação apresenta equilíbrio na briga pelo título entre os pilotos.

Como já dito na postagem anterior sobre o evento, Maxi Bühk lidera com 58 pontos e Raffaele Marciello, novo campeão do FIA GT World Cup, está em segundo, três atrás. O detalhe é que os dois vão dividir o mesmo carro nas 9h de Kyalami.

O perigo atende por dois nomes: Fréderic Vervisch, que vai no Audi #25 da WRT junto a Dries Vanthoor e Kelvin Van der Linde, além de Maxi Götz, que defenderá na última etapa o time SPS Automotive Performance – que pela primeira vez terá status de time ‘oficioso’ da Mercedes-AMG.

Mas é bom ficar de olho nos que estão um pouco mais abaixo na tabela.

Matt Campbell, Dennis Olsen e Dirk Werner foram divididos em três carros diferentes da Porsche para Kyalami. O trio, que vem em 5º com 44 pontos foi assim desmembrado: Campbell no #12 da Dinamic Motorsport; Olsen no #31 da Frikadelli Racing e Werner no #911 do KUS Team 75 Bernhard.

Maro Engel igualmente soma 44 pontos e teria chances – do verbo “não tem mais” – pelo motivo de estar no mesmo carro de Bühk e Marciello. Da mesma forma, Luca Stolz e Yelmer Buurman foram preteridos para ajudar Maxi Götz a ser campeão.

Oitavo na pontuação, Dries Vanthoor também não tem mais chances: o belga está no mesmo Audi do compatriota Vervisch – mas Christopher Haase ainda se agarra no improvável: com 34 pontos, o alemão ainda poderia sonhar com o título, mas dependerá de uma combinação louca de resultados, vencendo a disputa para aí sim ter alguma chance – pouco possível, eu diria.

Entre os fabricantes, onde os dois melhores resultados de cada um são computados, só restam Mercedes-AMG e Porsche na batalha. A marca da estrela de três pontas lidera com 115 contra 93 da rival de Stuttgart.

Sexta-feira, a partir de 9h45 de Brasília, acontecem as sessões classificatórias – divididas em três fases. Os dez mais rápidos vão para o Pole Shootout, a partir de 11h25 (hora do Brasil).

As 9h de Kyalami começam sábado às 8h de Brasília – 13h na África do Sul. O blog terá o streaming AO VIVO do evento, replicado do canal oficial da categoria no YouTube.

Comentários

  • Kyalami guardava a reta dos boxes mais imponente da F1, longa, larga e com descida e subida ao final. Eu vejo muito do jeito de Interlagos nela, longa reta com miolo curto (suficiente para alcançar a outra ponta), partes inclusive que lembra Imola… Essa reta está no meu desenho de circuito perfeito (seguindo-se trechos de Spa, Monza, Interlagos, Hermanos Rodrigues, Lá. Sarthe, Nurburgring, tudo num 8 como. Suzuka…

  • Minha pergunta seria em cima do que o Allan comentou…

    Qual o traçado do circuito de Kyalami????

    Dei uma “googlada” e tem vários!!!