8h do Bahrein: treinos livres começam com independentes na frente

Deu Bruno Senna e Rebellion no primeiro dia de treinos livres para as 8h do Bahrein (Foto: João Filipe/AdrenalMedia.com/FIA WEC)

RIO DE JANEIRO – A quinta-feira de abertura dos trabalhos para as 8h do Bahrein mostrou um panorama muito parecido com aquele visto em Xangai, na etapa anterior do FIA WEC, o Campeonato Mundial de Endurance. Os protótipos não-oficiais deram as cartas e foram os mais rápidos nas duas sessões do dia em Sakhir.

No primeiro tempo, com a pista ainda sem muito emborrachamento e suja pela falta de aderência gerada pelo vento que leva areia ao traçado, a melhor volta foi de Ben Hanley com o Ginetta #5 do Team LNT em 1’44″791.

Mais tarde, com o traçado em condições bem mais favoráveis, o brasileiro Bruno Senna – vencedor na etapa anterior junto a Norman Nato e Gustavo Menezes – fechou o dia como o mais veloz, conseguindo o tempo de 1’42″471 para os 5,412 km do traçado barenita.

O recorde da pista é de outro brasileiro: em 2016, Lucas di Grassi fez uma volta em 1’38″828.

A vantagem de Senna em relação a Charlie Robertson, segundo mais veloz com o Ginetta no FP2 foi de 1″411. A Toyota continua com o pior handicap por volta em relação às demais equipes, sendo 2″51 para o carro #7 da trinca José María López/Mike Conway/Kamui Kobayashi e 2″72 para o #8 de Brendon Hartley/Sébastien Buemi/Kazuki Nakajima.

A melhor volta dos carros orientais hoje foi 1’44″221, com Conway. Em 2017, Neel Jani fez 1’39″084 no treino classificatório e a melhor volta após os treinos livres naquela oportunidade foi 1’40″095. Com o regulamento mais restritivo, a Toyota tem boas chances de penar no sábado. Pode até ganhar, mas vai ter de lutar muito.

Não obstante, os TS050 Hybrid seguem com o peso mínimo de 932 kg – cinquenta a mais que o Rebellion R13 Gibson, muito embora as regras tenham estabelecido que os carros não-híbridos jamais ultrapassariam o mínimo de 870 kg.

O Ginetta #5 perdeu 18 kg em relação à etapa de Xangai, enquanto o #6 segue sendo a referência com o mínimo de 833 kg – também pudera: dos cinco LMP1 inscritos foi o que menos pontuou até agora no campeonato.

Entre os LMP2, a United Autosports liderou o primeiro treino com Paul Di Resta e o segundo teve a Jackie Chan como a equipe a ser batida em seu carro com pneus Goodyear. Will Stevens fez a melhor volta do dia em 1’46″147, seguido por Jean-Éric Vergne (cuja equipe, é bom lembrar, não corre pelos pontos no Bahrein) e Kenta Yamashita, da High Class Racing.

André Negrão fez um bom trabalho na quinta-feira, estabelecendo o quarto melhor tempo. A Signatech-Alpine tem nesta etapa um momento chave do campeonato. Qualquer bom resultado alcançado no Bahrein segura o time francês na luta pelo bicampeonato mundial.

A Aston Martin liderou em 1-2 os treinos livres de quinta na LMGTE-PRO (Foto: João Filipe/AdrenalMedia.com/FIA WEC)

Na LMGTE-PRO, 1-2 da Aston Martin Racing após as duas sessões: Alex Lynn foi o melhor do dia com 1’55″696 e Marco Sørensen fez 1’56″201. Deram o troco na Porsche, que fez 1-2 na primeira sessão e ficou com terceiro e quinto lugares ao fim do dia. À Ferrari, restou o quarto tempo geral da classe com o britânico James Calado, a quase um segundo do carro líder.

Entre os LMGTE-AM, luta titânica entre TF Sport e Dempsey Racing-Proton pela primazia dos melhores tempos da divisão. Os times se revezaram com cada um à frente do outro, mas a melhor volta ficou mesmo com Thomas Preining, marcando 1’57″266, contra 1’57″460 de Jonathan Adam e 1’57″518 do veterano Giancarlo Fisichella.

O terceiro e último treino livre será nesta sexta-feira, começando 5h15 de Brasília, 11h15 locais. A definição do grid começa às 16h40 em Sakhir, 10h40 de Brasília, começando com os Grã-Turismo e depois com os protótipos, transmitida em streaming pago no site oficial do FIA WEC.

No sábado, o Fox Sports 2 exibe AO VIVO e com EXCLUSIVIDADE a disputa das 8h do Bahrein. Abrimos 8h45 e saímos 11h para a Bundesliga, voltando 13h30 até a quadriculada. No app é direto: desde o pré-corrida até o final. Estaremos juntos a Edgard Mello Filho nos comentários e análises. Thiago Alves narra.

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