FIA decide sobre Hipercarros e LMP2
RIO DE JANEIRO (De casa nova!) – Peço desculpas a vocês, leitores e leitoras, pelo tempo sem postagens aqui no blog. É que nos últimos dias estive muito ocupado com mudança de residência e hoje, finalmente, encontro fôlego para me sentar em frente ao computador e poder compartilhar isto aqui com vocês.
Aliás, sigo com residência em Olaria, na Zona Norte. É minha raiz, é o bairro onde mais me sinto à vontade. Morei em Laranjeiras noutros tempos, na Tijuca e até em Niterói. Mas é daqui que gosto. Fazer o que?
Bem… isto posto, vamos lá: o assunto do post é a reunião do Conselho Mundial da FIA, realizada anteontem em Paris, que deliberou sobre as novidades do Mundial de Endurance (FIA WEC) a partir da temporada 2020/21.
E uma das decisões é de desagrado – pelo menos de minha parte: redução de potência dos motores dos LMP2 fabricados pela Gibson em pelo menos 40 HP e fornecimento de pneus por um único fabricante – ainda sem previsão se Goodyear (recém-chegada em lugar da Dunlop) ou Michelin.
Pasmem, leitores. A decisão é – por enquanto – somente para o Mundial de Endurance, não tendo ainda efeito para o European Le Mans Series e Asian Le Mans Series. Na IMSA já houve uma restrição que ‘matou’ a categoria em 2019, mas para o próximo ano haverá pelo menos cinco carros inscritos.
Trata-se de mais uma decisão estapafúrdia do Comitê de Endurance da FIA. Acabar com a competição entre diferentes fabricantes e principalmente tirar performance dos carros, sob a justificativa de que poderiam ser mais competitivos que os Hipercarros.
Não é pra menos: quem mandou limitar os tempos de volta destes novos carros a 3min30seg? Se fosssem 10 segundos mais velozes, com limite a 3min20seg, não seria preciso esta burrice de tirar potência dos motores Gibson GK428 V8.
A desculpa é “facilitar a coabitação entre Hipercarros e LMP2” na pista. Bullshit, dirão alguns. E é mesmo.
Sobre os Hipercarros, foi determinado que os concorrentes a participar da categoria na próxima temporada, quando estreia o novo regulamento, terão que usar um nome de marca com veículo devidamente homologado.
Cada equipe terá um máximo de 40 pessoas a cada evento de acordo com o que se decidiu no Conselho Mundial da FIA. Os times com protótipos sem ERS poderão levar três pessoas a mais.
Fazer uma enorme cagada para disfarçar um erro ainda maior, que são os Hipercarros…
Ou esses Hypercars vão queimar a língua dos que reclamam deles ou vai ser uma tremenda bola fora da ACO e custar até a existência do WEC.
Era melhor os franceses admitirem que o modelo DPi da IMSA se deu melhor e copiá-lo no WEC.
Foi melhor até a página três, pois a Nissan já roeu a corda por lá.
Os hypercarros vão durar pouco, muito pouco, com os custos nas alturas e poucos interessados – aposto qualquer coisa que Glickenhaus e Kolles não aparecem e até da Aston Martin duvido muito – a ACO vai ser obrigada a abrir a guarda para os DPi 2.0, o que matará a primeira classe em pouquíssimo tempo, por uma simples questão de custo.
Verdade, esqueci da Nissan.
Prefiria o C Group.