Piquet na Fórmula 2

Pedro Piquet fez um bom teste de pós-temporada em Yas Marina e se garantiu na Fórmula 2 em 2020 (Foto: Divulgação)

RIO DE JANEIRO – O próximo passo da carreira de Pedro Piquet será a Fórmula 2: o jovem brasileiro de 21 anos assinou com a Charouz, que até o último campeonato tinha a chancela de time júnior da Sauber, para bater à porta de entrada da Fórmula 1, onde o pai Nelson foi tricampeão e o irmão Nelsinho disputou uma temporada e meia pela Renault.

“Estou muito contente em subir para a F2 com a Charouz Racing System. A experiência nos testes de Abu Dhabi foi muito positiva e me senti em casa desde o primeiro contato com o carro, tanto nas simulações de classificação quanto de corrida. É um carro de 620 cavalos, muito veloz comparado com o F3 e freia muito mais também, com o sistema de freios de carbono. Vamos com motivação em alta para o campeonato”, afirmou Pedro, no comunicado divulgado à imprensa nesta quarta-feira.

Nos treinos realizados em Yas Marina, Pedro completou mais de 1.300 quilômetros, percorrendo um total de 245 voltas em três dias e seis sessões. Numa delas, Piquet foi o quarto mais rápido, à frente de pilotos mais experientes com os carros de Fórmula 2 do que ele.

A Charouz Racing System é uma escuderia familiar: fundada em 1985 por Antonin Charouz, teve em seus quadros o filho deste, Jan Charouz, que disputou provas de categorias de base e também de Endurance. O diretor Bob Vavrik ficou contente com a performance do herdeiro de Nelson Piquet nos treinos em Abu Dhabi.

“Estamos empolgados em receber o Pedro em nosso time e motivados para proporcionar todo o apoio necessário neste passo tão importante em sua carreira. Acompanhamos de perto seu progresso durante a F3 na temporada passada e ele nos impressionou ao testar o F2 pela primeira vez em Abu Dhabi nos testes pós-temporada. Pedro aprendeu rápido, mostrou ritmo e se adaptou no time com facilidade. Vamos trabalhar forte para ajudá-lo a atingir os melhores resultados possíveis em 2020 neste campeonato, que tradicionalmente é muito disputado.”

Piquet é por enquanto o único brasileiro garantido na categoria. O já experiente Sérgio Sette Câmara não fica na Dams: as vagas foram preenchidas por Sean Gelael e Dan Ticktum. Dos times principais, sobram a ART Grand Prix, campeã com Nyck De Vries neste ano, a Carlin – onde Sette já andou em 2018 – e a Virtuosi, que no último campeonato se apresentou com Luca Ghiotto e Guanyu Zhou.

Ou então esperar que a Hitech Racing possa ser aceita para se tornar uma possível 11ª equipe, aumentando o grid para 22 carros, como desejam Nikita Mazepin e o pai do piloto russo, dando a chance para que Sette permaneça por lá em busca do sonho da Fórmula 1. Ir para a Indy, hoje, representaria apenas uma grande aposta.

Os testes em Abu Dhabi também tiveram a participação de Felipe Drugovich e Guilherme Samaia, que nesse ano esteve em parte da temporada do EF Open. Veremos se os dois subirão este degrau ou se terão chance de buscar equipes competitivas na Fórmula 3.

Comentários

  • Se 0 7Câmara for para a Indy será uma roubada visto que não há mais transmissão formal para o Brasil… isso quer dizer sem patrocínio … então …

  • Desculpe pelo sincericídio, mas para mim o PP não passa de apenas mais um anônimo no meio da multidão.
    Sobrenome de peso, mas que, se não fosse pelo dindin do papis, já teria voltado para casa e ajudando a cuidar da Autotrac.
    Aliás, depois da F3 Brasil, onde andou no melhor esquema (Formigão), o que foi mesmo que ele já conquistou lá fora?
    Repete aliás a história de muitos outros filhos de campeões, que também não herdaram os dotes dos pais famosos.
    Em relação ao Sette Câmara, esse já perdeu o bonde da história, se repetir pela enésima vez a categoria, irá com a obrigação de ser campeão, sqn!