Dakar 2020, dia #12

RIO DE JANEIRO – Chegou ao fim o 42º Rally Dakar, marcando o início do “Capítulo 3” da maior competição off-road do planeta. Largaram 342 veículos na primeira etapa. Chegaram 251 em Qiddiya, cidade planejada que marcou o fim dos 7 mil km percorridos pela comitiva – e que, pelo que se viu, quer levar a Fórmula 1 para lá em 2023.

Surpresas? Talvez o título inédito de Ricky Brabec: nunca os EUA tiveram alguém ganhando o Dakar – ainda mais pela Honda, que não vencia desde 1989 e a KTM viu sua escrita de 18 anos e dezenove edições da prova ir pro vinagre em duas rodas.

E não só um piloto dos EUA ganhou. Foram dois: Casey Currie, na dupla com Sean Berriman, levou a taça nos UTVs. Quarto campeão em quatro anos – todas as duplas da América, seja do Sul ou do Norte. Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin fecharam em 9º lugar. E nas Motos, Antônio Lincoln Berrocal obteve uma mais do que meritória 67ª posição entre 100 que finalizaram em sua categoria.

Nas demais, houve dois tricampeonatos com Ignácio Casale nos Quads e “El Matador” Carlos Sainz nos Carros. Títulos absolutamente merecidos de dois pilotos dominantes. Sainz fez mais uma vez um belo trabalho na dupla com Lucas Cruz na navegação.

E muito bonita a demonstração de respeito de Nasser Al-Attiyah e Stéphane Peterhansel ao fim da disputa. Os dois carregando Sainz em triunfo é algo que já fez 2020 valer a pena no esporte.

Parabéns também a Fernando Alonso/Marc Coma, que conquistaram o 13º lugar geral e foram a melhor dupla estreante na categoria deles.

A Kamaz confirmou o predomínio recente e enfileirou mais um triunfo – é o décimo-sexto dos russos e o segundo de Andrey Karginov na pilotagem. Ele foi o mais dominante dos campeões. Ganhou sete de um total de 12 etapas.

A odisseia acabou. A gente sempre fica com saudade. Em 2021, tem mais um novo capítulo dessa história de superação e valentia.

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