GP às 10: surpresa positiva

RIO DE JANEIRO  – O homem impressionou: Fernando Alonso conseguiu o 13º lugar nos carros em sua estreia no Rally Dakar, foi o melhor estreante da competição e mostrou que vira bem em qualquer tipo de veículo. A capacidade do espanhol é sobrenatural.

E no GP às 10 desta noite, aposto uma coisa. Ele volta em 2021, mais forte e mais bem preparado para, se não tiver problemas, brigar por um resultado ainda melhor no mais difícil evento off-road do mundo.

Comentários

  • Tinha dito anteriormente que o desempenho de Alonso fora discreto, mas depois de rever cuidadosamente alguns vídeos dos estágios especiais e normais do Rally Dakar, eu me retrato e mudo minha opinião reconhecendo meu erro: Alonso foi muito bem de fato nesse Dakar.

  • Obrigado. Mas, a impressão que tenho é que se vc enfiasse, sei lá, um Jolyon Palmer da vida no mesmo carro e equipe de Alonsito, daria exatamente no mesmo.

    Como todos sabemos, a segunda colocação na especial se deve muito mais ao fato de os líderes terem pego a rota limpa por conta do cancelamento das motos e quads naquele dia do que a qualquer outra coisa.

    Alonso foi um dos únicos que pegou a trilha já pronta com um senhor carro nas mãos – outros que pegaram a mesma condição com o mesmo carro são lumiares como Eric Van Loon e Peter Van Merkjeistein – e, mesmo assim, perdeu para um combo piloto, carro e equipe totalmente independente.

    Fora isso, rally normal para um iniciante, nada mais, nada menos, o que, convenhamos, tem sido a tônica da carreira do espanhol desde os títulos perdidos em série pela Ferrari, com direita a incapacidade de se ultrapassar Vitaly Petrov a bordo de uma Lotus/Genii. Isso fora as Indy 500 de 2017, claro.

    Alonso é a prima donna em forma de piloto, quando se tem tudo a favor, é um ás, quando não, um Jolyon Palmer com mais personalidade e tiradas sarcásticas.

    Com o detalhe de que ele já declarou que se voltar ao Dakar, volta pra vencer. É só ler o que o Al-Attiyah acha disso.

    • Não há como comparar Alonso com Jolyon Palmer. Aliás só falta você me dizer que se fosse o Palmer no WEC também ganharia Le Mans e seria campeão de Endurance.

      Quanto ao Al Rajhi, de onde era este mesmo? Quantos Dakar tem no currículo?

  • Que Palmer seria campeão a borda da nave da Toyota ao lado de Buemi e Nakajima não há a mínima dúvida, qualquer um com graduação prata seria, alias.

    Quanto ao Al Rahji, não entendi a menção a ele, ele foi superado por Jolyon Alonso na especial, legal, e o rally que ele fez, como se compara ao do espanhol?

    Alonso é o piloto mais superestimado dos últimos 15 anos, de longe.

  • Não sou hater do Alonso, de forma alguma, só não concordo com a idolatria da imprensa brasileira. Como disse no meu primeiro comentário, quando tudo dá certo, é um ás, o problema é justamente quando não dá certo e, ai sim, temos um piloto pra lá de mediano e também muito dado à escolhas de carreira muito erradas e um complexo evidente de prima donna.

    Quanto ao WEC. Sim, qualquer piloto profissional que estivesse naquele carro que não tinha concorrência nem de seus companheiros de equipe, dado o favorecimento do próprio presidente da Toyota. Arrisco dizer que até um bom bronze também atrapalharia pouco e seria campeão do mesmo jeito, um Ben Keating, por exemplo.

    Quanto eu passar vergonha, não, não passo, de forma alguma. Nesse assunto, não passo, pode ser até a frente de jornalistas especializados, a possibilidade não existe, apesar de pra mim ser um interesse e pra você um ganha-pão. Eu divergir de você não me rebaixa a nada, pelo contrário., tenho argumentos e não é o teu diploma de jornalismo que os invalida, fera.

    Mas confesso que exagerei em chamar os momentos não inspirados de seu piloto preferido de equivalentes a um Jolyon Palmer, tá mais para um Nick Heidfeld que teve mais sorte, um Pascal Wehrlein sem o cabelo engraçado ou um Ukyo Katayama que fala espanhol.